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quarta-feira, 23 de junho de 2010

MORTES DE FETOS e RECÉM-NASCIDOS

 Em dez anos, dobrou o número de mortes de fetos ou recém-nascidos afetados por doenças maternas, como a hipertensão arterial, hipertensão gestacional, eclâmpsia e infecções urinárias - passou de 555 para 1.150. O número de mortes de bebês prematuros no Brasil cresceu quase 30% - passou de 2.774 óbitos em 1997 para 3.675 em 2006.
"Os dados apontam para falha no pré-natal. Nós tivemos evidências de que aumentou o número de consultas, mas isso não tem sido suficiente do ponto de vista da qualidade", afirma a coordenadora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Carvalho Malta.
Os números aparecem na pesquisa "Mortes Evitáveis em Menores de 1 Ano", publicada na revista Cadernos de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz. O trabalho foi feito em parceria entre o Ministério da Saúde e pesquisadores das universidades de São Paulo, Federal de Minas Gerais e de Brasília.
Já se sabia que a mortalidade infantil vinha caindo (ocorreram 71.400 mortes de menores de 1 ano em 1997, ante 47.629 em 2006), mas não se conhecia onde havia falhas. Pela primeira vez, investigou-se a relação das "mortes evitáveis" - o grupo coordenado por Deborah reuniu 30 pesquisadores e trabalhou quatro anos para chegar a um consenso e estabelecer a lista.
As mortes evitáveis são aquelas que se podem reduzir pela vacinação; adequada atenção na gestação e no parto; diagnóstico e tratamento de doenças como pneumonia, meningite; e combate a diarreias e subnutrição.
A pesquisa mostrou ainda que as mortes por causas evitáveis passaram de 50.952 em 1997 para 33.064 em 2006 - queda de 37%. A redução por ações de imunização foi de 75% - de 189 óbitos para 46, dentro do período estudado. Houve ainda redução de 56,5% das mortes relacionadas às ações de atenção à saúde. Também houve queda de 47,7% das mortes relacionadas ao diagnóstico e tratamento de doenças como meningite, pneumonia e infecções agudas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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