A descoberta, publicada na revista "Nature", sugere que interrupções na luz natural e nos ciclos de dia e noite por meio de iluminação artificial pode ser um fator para o surgimento de diabetes tipo 2 em adultos.
O resultado também é consistente com resultados anteriores que mostravam uma tendência maior para trabalhadores noturnos desenvolverem a doença.
A insulina é produzida por células beta no pâncreas. A substância controla os níveis de açúcar no sangue.
Joseph Bass, da Universidade do Noroeste, em Evanston (Illinois), e sua equipe criaram colônias de células beta em laboratório para monitorar a secreção de insulina.
Eles descobriram que células beta sem genes relacionados ao ciclo circadiano produziam metade da insulina que células com os genes, indicando que esses genes são essenciais para a produção normal do hormônio.
Da mesma forma, camundongos vivos com versões defeituosas desses genes desenvolveram diabetes tipo 2.
O próximo passo, diz Bass, é identificar o "interruptor" nas células beta que responde ao relógio, e usá-lo para desenvolver um tratamento.
"O principal achado foi que uma ruptura no relógio interno causa um defeito na secreção de insulina", diz Noel Morgan, da Escola Médica Península, em Exeter, no Reino Unido, que estuda diabetes tipo 1, na qual o sistema imune do próprio corpo destrói as células beta.
Em um estudo separado, na revista "Diabetologica", Morgan mostrou que células beta se multiplicam dez vezes mais rápido em crianças recém-diagnosticadas com diabetes tipo 1 do que em indivíduos saudáveis. Ele acredita que se o sistema imune defeituoso puder ser freado, seria possível fazer células beta se multiplicar, restaurando níveis normais de produção de insulina.
(Fonte: New Scientist-Site Folha/SIS.SAÚDE)
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