Pessoas que acumulam gordura na região do abdômen tendem a desenvolver doenças mentais, aponta um novo estudo americano realizado pela Universidade de Boston.
Segundo o periódico Annals of Neurology, onde a pesquisa foi publicada, pessoas com níveis elevados de tecido visceral – gordura que se acumula ao redor dos órgãos – são mais propensas a serem diagnosticadas com doenças como o Alzheimer.
Os especialistas mediram o índice de massa corporal, a circunferência da cintura e realizaram exames de ressonância magnética nos quase 1000 voluntários que participaram da experiência na qual foi baseada a pesquisa.
As conclusões do estudo mostraram que quanto maior o IMC (índice de massa corporal), menor o volume cerebral. Para os cientistas, esse fator é o principal responsável pela conexão entre a gordura abdominal e os riscos de demência.
O que já se sabia sobre o assunto
Estar acima do peso pode comprometer a saúde mental. Pelo menos é o que garantem estudos recentes, que associam a gordura em excesso a degeneração cerebral. Segundo uma pesquisa realizada pela Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, o gene ligado à obesidade está diretamente relacionado aos casos de demência. Para os especialistas americanos, o cérebro de quem está com alguns quilinhos a mais pode parecer até 18 anos mais velho.
Segundo a nutricionista Izaara Carvalho Alvarenga, mestranda do departamento de Ciência do Alimento da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, a degeneração cerebral não depende só da influência da gordura visceral. A obesidade, alerta a especialista, pode ser a causa do desenvolvimento de diversos tipos de patologias, o que inclui também as demências. Para Alvarenga, uma alimentação equilibrada é base para a prevenção, manutenção e recuperação da saúde como um todo.
Conclusão
Não só a gordura abdominal está associada aos casos de demência. A obesidade, no geral, pode comprometer a saúde mental, o que nos faz acreditar que uma cintura fininha faz bem não só à alta-estima, mas também ao intelecto. (Fonte: Por Renata Honorato/veja.abril.com.br)
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