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Por mais que os dados revelem o quanto as viagens aéreas são seguras nos dias de hoje, principalmente em comparação com as de carro, para milhões de pessoas embarcar é um verdadeiro suplício. Para enfrentar esse problema é preciso, antes de mais nada, aprender a diferenciar medo de fobia.
O primeiro causa desconforto, mas geralmente não impede a viagem. Porém, às vezes pode evoluir para a fobia, que está entre os transtornos de ansiedade. Nesse caso, diversos fatores como genética, traumas psicológicos, traços de personalidade e formação sociocultural agem em conjunto. Pessoas com o distúrbio costumam entrar em desespero.
Uma alternativa para superar o temor, principalmente quando causado por trauma, é a psicoterapia. “Por meio do aprendizado de extinção, que estabelece novas respostas saudáveis para o estímulo que causava o medo, é possível organizar a cognição do paciente com experiências gradativas de enfrentamento daquilo que tanto assusta”, afirma o psicólogo Julio Peres, pós-doutor em neurociências pela Universidade da Pensilvânia.
Segundo ele, é possível tomar algumas atitudes que ajudam a controlar o desconforto na hora de embarcar:
- Autoindução de relaxamento: a pessoa deve tentar manter a tranquilidade, prestando atenção à própria respiração e evocar pensamentos de superação como "Eu me sinto seguro" ou "Sou capaz e supero a mim mesmo". O recurso, aparentemente simplório, funciona porque ajuda a acalmar. A explicação é simples: quando perdemos o controle da respiração, provocamos alterações da absorção de oxigênio pela corrente sanguínea, favorecendo progressivamente a confusão mental e, como decorrência, exacerbação do sentimento de insegurança.
- Resgatar a coragem: é útil lembrar-se de vitórias e conquistas anteriores, nas mais variadas áreas da vida. Tais memórias costumam mobilizar associações positivas e, pelo menos momentaneamente, facilitar o fortalecimento da autoimagem.
- Exposição suave e contínua: para isso, a pessoa pode recorrer à técnica de dessensibilização, que consiste em enfrentar o medo aos poucos. Quem sofre com a possibilidade de colocar os pés num avião e só viaja sob efeito de calmantes pode, primeiro, se propor visitar o aeroporto, depois realizar voos curtos, sem usar tranqüilizantes, e depois ir, gradativamente, se expondo a voos mais longos.
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