Pesquisadores descobriram que estudantes universitários valorizam um aumento na sua auto-estima mais do que qualquer outra atividade agradável.
Entre as atividades agradáveis preteridas em benefício de uma auto-estima mais elevada estão o sexo, comidas favoritas, álcool, encontrar o melhor amigo ou receber uma quantia em dinheiro.
"É surpreendente como o desejo de se sentir valoroso e digno bate praticamente qualquer outra atividade agradável que você possa imaginar," comenta Brad Bushman, principal autor da pesquisa e professor de comunicação e de psicologia na Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos.
O estudo, que contou com a participação de Scott Moeller e Jennifer Crocker, ainda é inédito, devendo ser publicado em uma próxima edição do Journal of Personality.
Valor da auto-estima
Em dois estudos separados, os pesquisadores perguntaram a estudantes universitários quanto eles desejavam e quanto eles gostavam de várias atividades prazerosas, como a sua comida favorita ou encontrar com seu melhor amigo - eles davam notas de 1 a 5 para a intensidade dos seus desejos.
Entre os itens que constavam nas opções estavam experiências que elevam a auto-estima, tais como tirar uma boa nota ou receber um elogio.
"Descobrimos que a auto-estima superou todos os outros prêmios nas mentes desses estudantes universitários," conta Bushman.
O pesquisador afirma que não há nada de errado com um senso saudável de auto-estima.
Mas os resultados deste estudo sugerem que muitos jovens podem estar centrados demais em reforçar sua auto-estima.
Viciado em auto-estima
Para todas as atividades agradáveis examinadas no estudo, os participantes precisavam classificar tanto o quanto eles gostavam da atividade, como o quanto eles queriam fazer essa atividade.
Isso porque pesquisas com dependentes sugerem que os viciados tendem a relatar que eles "querem" o objeto da sua dependência (drogas, álcool, jogo) mais do que eles realmente "gostam" dele.
Neste estudo, os participantes gostaram de todas as atividades agradáveis mais do que eles as queriam, o que é saudável, disse Bushman.
Mas a diferença entre gostar e querer foi menor quando se trata da auto-estima.
"Não seria correto dizer que os participantes do estudo eram viciados em auto-estima," disse Bushman. "Mas eles estavam mais perto de serem viciados em auto-estima do que serem viciados em qualquer outra atividade que analisamos."
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