Consumir três ou mais doses de bebidas com alta concentração alcoólica por dia pode aumentar em até 36% o risco de vida devido ao câncer no pâncreas. Segundo pesquisa coordenada pela Sociedade Americana de Câncer e publicada no periódico Archives of Internal Medicine, ainda não é possível precisar se há diferenças entre bebidas destiladas e fermentadas, mas cerveja e vinho não foram relacionados ao desenvolvimento da doença.
Para chegar às conclusões, a equipe coordenada por Susan Gapstur, vice-presidente de epidemiologia da Sociedade Americana de Câncer, analisou dados colhidos desde 1982 em mais de um milhão de voluntários – dos quais 400.000 nunca haviam fumado. Os participantes tiveram de preencher um questionário informando seus hábitos etílicos.
A pesquisa aponta que o próximo passo é distinguir o que de fato acarreta o desenvolvimento do tumor: o consumo exagerado ou o tipo da bebida ingerida. Uma das hipóteses levantas por Susan é que o consumo exagerado (seja na concentração ou na quantidade ingerida) amplie os riscos e introduza inflamações no pâncreas – estas, por sua vez, resultariam no câncer.
"É importante lembrar que o álcool, além de poder desencadear esse tipo de câncer, tem potencial para levar a outras doenças, como as cardiovasculares. Por isso, seu consumo não pode ser indiscriminado”, disse Gapstur à agência de notícias Reuters.
Estudos anteriores já haviam confirmado que o cigarro e a obesidade favorecem o aparecimento do câncer no pâncreas. A ação do álcool, entretanto, não era consenso entre os especialistas.
(Fonte: Veja - http://www.abead.com.br/midia/exibMidia/?midia=7294)
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