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segunda-feira, 28 de março de 2011

ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES DURANTE A GESTAÇÃO

Durante a gravidez, a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto, chamado de débito cardíaco (DC), aumenta em torno de 30% a 50%. Este aumento começa aproximadamente na sexta semana de gestação e atinge o seu ponto máximo entre as décima sexta e vigésima oitava semanas. Devido ao aumento do DC, a frequência cardíaca em repouso acelera-se para uns 80 ou 90 batimentos por minuto.Gestantes cardiopatas podem descompensar o seu quadro clínico durante a gestação.
Depois da trigésima semana, o DC pode diminuir ligeiramente, devido ao fato de o crescimento do útero comprimir as veias que devolvem o sangue oriundo das pernas até ao coração. Durante o parto, no entanto, o DC aumenta em 30% e, depois do parto, diminui com rapidez, até chegar em 15% a 25 % acima do nível anterior à gestação.Depois, ao longo das próximas seis semanas, volta ao nível normal, ou seja, antes da gravidez.
O aumento do DC durante a gravidez deve-se, provavelmente, às alterações casadas pelo fornecimento do sangue ao útero. À medida que o feto cresce, mais sangue chega ao útero da mãe. No fim da gravidez, o útero recebe uma quinta parte de todo o volume sanguíneo materno.
Durante a realização de um exercício físico, a frequência cardíaca e o consumo de oxigênio por parte do coração aumentam mais nas mulheres grávidas do que nas não grávidas. O eletrocardiograma (registro da atividade elétrica do coração em repouso) pode demonstrar algumas alterações. No exame cardiológico, taquicardia e sopros podem ser observados. Todas estas alterações são normais durante a gravidez, mas algumas anormalidades do ritmo cardíaco podem requerer tratamento.
A pressão arterial costuma diminuir durante o segundo trimestre, mas pode voltar aos níveis normais no terceiro trimestre da gestação. O volume de sangue aumenta 50% durante a gravidez, mas o número de glóbulos vermelhos, que são as células do sangue que transportam oxigénio e nutrientes para todo o organismo, só aumenta entre 25% e 30%, podendo ocorrer uma anemia. Por motivos desconhecidos, o número de glóbulos brancos, que são as células que combatem as infecções, aumenta ligeiramente durante a gravidez e, de forma notória, durante o parto e nos dias imediatamente posteriores ao mesmo.
Fonte: Manual Merck de Medicina.-Matéria modificada em Dom, 27 de Março de 2011 18:57

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