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terça-feira, 10 de novembro de 2009

PRESENTEÍSMO e BOM AMBIENTE DE TRABALHO

Se nunca ouviu falar sobre presenteísmo, acostume-se com esta palavra.
Absenteísmo é assunto mais conhecido e significa a ausência temporária do trabalho por motivo de doença.
Presenteísmo é estar presente no trabalho, porém doente. Trabalhadores estão doentes, mas não faltam.
Um estudo americano de 2004, coordenado por Ron Goetzel, apresenta as dez condições mais relacionadas com o presenteísmo: depressão, dor muscular, enxaqueca, hipertensão, insônia, angústia, irritação, alergias, distúrbios gástricos e renais.
Esta permanência no local de trabalho provoca queda na produtividade e prejuízos para todo mundo: patrões, seus colegas e para eles próprios. Estudos americanos dão conta de 150 bilhões de dólares de prejuizos anuais por esta razão. Estimativa brasileira chega a 42 bilhões de reais/ano.
Segundo a BBC, uma pesquisa feita por um instituto britânico (Chartered Institute of Personnel and Development) demonstrou que um quarto dos trabalhadores descreveu sua saúde mental como moderada ou ruim, mas quase todos continuaram a trabalhar normalmente. E, de acordo com o inglês National Institute for Health and Clinical Excellence (Nice), a postura negativa dos chefes representa o maior risco à saúde mental dos trabalhadores.
O Nice, entidade que avalia remédios e ajuda a definir as diretrizes da saúde na Grã-Bretanha, disse que doenças mentais associadas ao trabalho custam ao país o equivalente a mais de US$ 46 bilhões por ano.
Mais de 13 milhões de dias de trabalho são perdidos por ano na Grã-Bretanha por causa de estresse, ansiedade e depressão.
Entretanto, o instituto disse que medidas simples como um comentário positivo do chefe após um trabalho bem feito, horários de trabalho mais flexíveis e mais dias de folga como recompensa por bom desempenho poderiam reduzir em um terço o prejuízo. Garantir a produtividade da empresa e faturamento alto passa também pelos "bons modos" das chefias. Chefia competente, funcionário saudável = lucratividade garantida.
Para convencer as empresas britânicas a agir, o Nice criou uma espécie de fórmula que mostra ao empregador quanto ele pode economizar se der mais apoio ao seu funcionário.Segundo a fórmula, uma empresa com cerca de mil empregados economizaria mais de US$ 400 mil por ano. Um chefe diz quando alguém está fazendo algo errado (e quase sempre de maneira grosseira, não é não?), mas nada diz quando um está acertando!  O relatório do Nice diz que o ambiente certo no local de trabalho não só pode reduzir custos como trazer resultados positivos, oferecendo estabilidade, amizade, distração e sentido à vida do trabalhador.
Fiquemos espertos, empresários, chefes e funcionários de meu país (mas mais educados, também)!









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