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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

2010 - ANO DO PULMÃO



SEM AR
O Brasil apresenta um dos mais altos índices de ocorrência de asma (uma doença crônica que afeta 300 milhões de pessoas no mundo e, a cada ano, mata 250 mil).
Um em cada sete brasileiros adultos ­– ou 12% da população com mais de 18 anos ­– já recebeu diagnóstico médico de asma e um em cada quatro (24%) apresentou no último ano respiração com um angustiante chiado, o sinal mais característico da enfermidade marcada por estreitamento das vias aéreas, tosse e uma falta de ar que se agrava à noite (segundo análise da saúde respiratória de 308 mil pessoas de 64 países, concluída por pesquisadores da Universidade de Massachusetts, da Escola de Saúde Pública de Harvard e do Instituto do Câncer Dana-Farber, nos Estados Unidos, com base em inquérito da Organização Mundial da Saúde).
Publicados (em 9 de setembro, no European Respiratory Journal), esses dados colocam o Brasil em sexto lugar com respeito à proporção de casos confirmados de asma em adultos, atrás de Noruega, Holanda, Reino Unido, Suécia e Austrália. E, pior, o situa no primeiro lugar em relação aos casos suspeitos.
Esses números comprovam que esta doença, antes mais frequente nas nações economicamente mais desenvolvidas, cresceu no Brasil nas últimas décadas, onde se estima que, entre crianças e adultos, existam 26 milhões de pessoas com asma, causa da morte de um em cada 700 brasileiros – uma taxa até 10 vezes superior à de alguns países desenvolvidos.  Estes índices são semelhantes aos encontrados em outro amplo levantamento concluído pouco tempo atrás, o International Study of Asthma and Allergy in Childhood (Isaac), que em sua terceira fase avaliou 300 mil crianças e adolescentes de 55 países. Realizado com a participação de pesquisadores de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Salvador, o ISAAC detectou sintomas de asma em uma proporção que variou de 16% a 29% das crianças brasileiras com 6 e 7 anos e de 12% a 31% nos adolescentes com 13 e 14 anos.
Sob muitos pontos de vista, a asma se transformou num gigantesco desafio da saúde pública. Em 2010, o Ano do Pulmão, as mais importantes comunidades de especialistas do mundo – a Sociedade Respiratória Europeia e a Sociedade Americana do Tórax – devem propor novas diretrizes para a classificação e o tratamento da asma grave.  (Fonte: Pesquisa Fapesp on Line/Novembro)


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