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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

SENSAÇÃO SONORA



Agência FAPESP – O som não é apenas ouvido, mas também sentido por meio da pele, que ajuda na compreensão de seu significado. A conclusão é de um estudo publicado nesta quinta-feira (12/11) pela revista Nature.
A pesquisa, liderada por Bryan Gick, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, indica que quando o homem ouve palavras sendo faladas ele não usa apenas a informação sonora e visual que recebe, mas também sinais táteis, como a corrente de ar, de modo a construir um retrato completo dos sons que está ouvindo.
Alguns sons produzidos pela fala humana resultam em pequenos e inaudíveis sopros de ar (sons aspirados) e outros não (sons não aspirados). Os pesquisadores observaram que quando pequenos sopros de ar foram emitidos na pele da mão e do pescoço de voluntários, no mesmo momento em que sílabas eram ouvidas, os sons foram percebidos como aspirados, mas na realidade não eram.
Por exemplo, sílabas não aspiradas em inglês, como “ba” e “da” foram percebidas como seus equivalentes aspirados, “pa” e “ta”, quando emitidas simultaneamente a sopros de ar. Isso, de acordo com os autores do estudo, indica que a informação sensorial tátil recebida atua ao lado da audição para decifrar o que está sendo dito.
“Os resultados do trabalho demonstram que a informação tátil é integrada na percepção auditiva de forma semelhante à que ocorre com a informação visual”, descreveram.  Os pesquisadores destacam que avanços na compreensão de como o homem percebe os sons da fala poderão ajudar no desenvolvimento de sistemas mais eficientes para deficientes auditivos.
O artigo Aero-tactile integration in speech perception, de Bryan Gick e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.

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