Para quem sabe controlar dinheiro, crédito ilimitado significa boas oportunidades. Para quem gasta sem pensar e adquire o que não precisa, pode ser um problemão.
Neste grupo, os mais vulneráveis são os compradores compulsivos, parte significativa dos 22% dos brasileiros que possuem dívidas impagáveis e de 85% das famílias que têm despesas superiores ao rendimento, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste caso, o consumismo desenfreado é uma doença.
Tatiana Filomensky, coordenadora do grupo de atendimento dos compradores compulsivos no Hospital das Clínicas de São Paulo, diz: "São pessoas que compram sozinhas, optam por objetos repetidos, sem utilidade escondem as aquisições dos familiares. Eles saem para comprar um terno e voltam com uma televisão. Seis anos atrás, apenas três pacientes estavam em tratamento. Neste ano, são 24 e há 50 nomes em lista de espera. Um dos sinais de desequilíbrio é o alto grau de irritação diante da impossibilidade de comprar e a impulsividade do ato. A aquisição de produtos idênticos ou inúteis e o medo de encarar os débitos são características do consumista patológico."
A compulsão por compras costuma vir acompanhada de outros vícios, segundo pesquisa da Universidade da Carolina do Norte (EUA). "Há um parentesco entre as diversas formas de manifestação", diz o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Por exemplo: um jovem que compra de forma impulsiva pode migrar para o alcoolismo ou vício em jogos na terceira idade.(Fonte:IstoÉ/ConsumidorRS)
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