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sábado, 5 de dezembro de 2009

BOA FORMA FÍSICA E COGNITIVA


Estudo feito com meninos entre 15 e 18 anos mostra que a prática de exercícios que estimulem a capacidade cardiovascular, como a corrida, está associada a um bom desempenho cognitivo

Pesquisadores suecos apontam a associação entre boa forma cardiovascular e desempenho cognitivo em jovens do sexo masculino, após acompanhamento de mais de um milhão de meninos entre 15 e 18 anos nascidos na Suécia. Este estudo mostrou que os que tiveram melhora na performance cardiovascular apresentaram boa capacidade de raciocínio, memória e solução de problemas na idade adulta.
Segundo os autores, já se sabia que o exercício físico é um fator que afeta a plasticidade do cérebro, que é a habilidade que esse órgão tem de se adaptar a um novo ambiente, uma nova situação ou às consequências de um ferimento grave. Mas a relação entre exercício e as funções cognitivas ainda era desconhecida.
O neurocientista Georg Kuhn, da Universidade de Gotemburgo (Suécia), acredita que a influência da capacidade cardiovascular sobre a cognição não é causada apenas pela melhor oxigenação do cérebro. “Achamos que há muitos outros fatores ligados ao sistema nervoso periférico que ajudam o cérebro a ficar saudável”, diz em entrevista à CH On-line. “Alguns desses fatores podem levar as células cerebrais a crescer e ficar mais saudáveis e mais resistentes a doenças”, acrescenta.
O papel dos exercícios
A análise dos dados mostrou que os jovens que mais exercitaram sua capacidade cardiovascular apresentaram níveis de inteligência significativamente maiores que os outros.
"Pelo que sabemos, esse é o primeiro estudo que demonstra uma associação clara e positiva entre a boa forma cardiovascular e a performance cognitiva em um grupo grande de jovens adultos do sexo masculino”, dizem os autores.
Fatores ambientais, como a prática de exercício físico, têm maior influência do que a genética sobre a boa forma cardiovascular. “Não queremos especular quanto alguém deve se exercitar”, esclarece Kuhn. “Mas nossos resultados mostram que o exercício deve ser feito especialmente quando se quer potencializar o aprendizado”, completa.
Os autores do estudo acreditam que os resultados da pesquisa podem ser um instrumento para estimular o aumento ou a manutenção do número de aulas de educação física nas escolas, como forma de combate ao sedentarismo.(Fonte: Ciência Hoje On-line)



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