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sábado, 5 de dezembro de 2009

CÂNCER DE MAMA


Um estudo publicado no periódico britânico BMC Cancer  registra um trabalho desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Patologia Básica da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na luta contra o câncer de mama, o que mais produz óbitos, surge um importante aliado: um marcador capaz de diagnosticar esse tipo de câncer com maior precisão
Nos casos de câncer de mama do tipo lobular, os pesquisadores constataram que o gene adam33 fica inativo. Segundo a bioquímica da UFPR Giseli Klassen, coordenadora do trabalho, esse gene produz uma proteína de mesmo nome, que é responsável, juntamente com outras substâncias, por manter as células unidas. “Da mesma forma que a âncora impede o navio de navegar, essa proteína ‘segura’ as células no lugar de origem”, explica.
A metástase – não o tumor inicial – é a principal causa de morte nos casos de câncer. A falta dessa proteína acaba então por facilitar o processo de metástase. "Nossa descoberta pode ser a diferença entre salvar ou não a vida de uma paciente", afirma Klassen.
A comunidade médica tem dificuldade para distinguir precocemente entre os dois tipos de câncer de mama: o ductal (75% dos casos) e o lobular (25%). O lobular, que é pouco estudado, pode se apresentar como uma lesão mal definida, o que dificulta sua detecção e diagnóstico, inclusive pela mamografia. “Mas, com o marcador, essa dificuldade pode ser superada”, sustenta a pesquisadora. “Todos os tumores lobulares analisados estavam com o gene inativo, enquanto os ductais não.”
Agora os pesquisadores da UFPR buscam meios de simplificar as técnicas e baratear os custos para identificar a ausência da proteína produzida pelo adam33. “O objetivo é facilitar o processo para que ele possa ser feito em laboratórios de análises clínicas – auxiliando o médico a formular um diagnóstico seguro – e não apenas em laboratórios de pesquisa”, explica Klassen. Ela alerta, contudo, para o fato de que ainda é muito cedo para o marcador fazer parte do conjunto de ferramentas postas à disposição dos médicos. ”Embora o estudo seja um passo importante, demora-se em média dez anos para um resultado de pesquisa ser empregado na prática. Ainda há muito para se fazer”, ressalta.(Fonte: CH On-line/ PR)

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