Durante o surto da chamada gripe suína - gripe A (H1N1) - pacientes foram mantidos em quarentena até que os exames pudessem identificar o vírus que os fizera adoecer. Esta é uma situação indesejável qualquer que seja o resultado do exame.
Se o paciente tivesse mesmo o vírus H1N1, a espera pelo exame estaria retardando o início do tratamento necessário. Se não, o constrangimento do isolamento é algo difícil de esquecer.
Exames na hora
A solução para isso é uma só: exames mais rápidos, se possível com resultado na hora, ao lado do paciente.
É o que prometem os biochips, como este criado agora pela equipe da Dra. Catherine Klapperich, da Universidade de Boston (EUA).
O dispositivo é chamado "chip microfluídico", devido aos microcanais por onde uma única gota do fluido a ser examinado é injetada para entrar em contato com os reagentes e identificar o vírus.
O chip essencialmente miniaturiza o exame conhecido como RT-PCR, considerado hoje o padrão-ouro na identificação dos vírus causadores das gripes e resfriados - RT-PCR é uma sigla em inglês para transcrição reversa em tempo real da reação em cadeia da polimerase.
Mais rápido e mais barato
"Usar um chip descartável diminui a possibilidade de contaminação cruzada, e suas pequenas dimensões o tornam um candidato promissor para tornar reais os exames no ponto de atendimento," diz a Dra. Klapperich.
Enquanto um exame tradicional, baseado em culturas, leva até uma semana para produzir os resultados, o biochip tira a dúvida em cerca de uma hora.
Os cientistas agora vão trabalhar no aumento da velocidade da reação, para que os resultados saiam mais rápido, e na utilização de componentes que permitam que o chip possa ser fabricado industrialmente a um custo menor.
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