A fisioterapeuta Tane Saito, responsável pelo atendimento no Centro de Equoterapia Vó Diva, de Cornélio Procópio, explica que quase todos podem ser praticantes da equoterapia. ''Existem algumas contraindicações, como problemas graves de coluna, luxação no quadril e epilepsia, mas somente o médico poderá fazer o encaminhamento'', explica.
No Vó Diva, depois da avaliação, o praticante irá desenvolver várias atividades, acompanhado pelos profissionais necessários. ''Fazemos atendimentos simultaneamente, de acordo com a necessidade de cada um. Assim o fisioterapeuta pode direcionar alguns exercícios enquanto o fonoaudiólogo aproveita para trabalhar outras necessidades.''
Em uma pista com diferentes tipos de piso, o praticamente vai passando por vários objetos e cumprindo tarefas como colher frutas e pegar letras penduradas nos galhos, sempre com o objetivo de estimular diferentes habilidades.
Fernanda Posseto, fonoaudióloga, afirma que o ambiente rico em estímulos ajuda não somente a fala, mas também facilita outras aprendizagens, como os reflexos de deglutição. ''Podemos pedir que a criança dê cenoura para o cavalo e ao mesmo tempo ela também aprende a mastigar. Além disso os movimentos do cavalo ajudam a fortalecer os músculos do rosto'', exemplifica.
Nas áreas psicológica e pedagógica, o convívio com os animais propicia maior autoestima, confiança e autonomia, além de acalmar e promover maior concentração, conforme explicam a pedagoga Karinne Lanzoni e a psicóloga Kely Mariana Graciano de Souza. (E.G.)
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