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sábado, 20 de abril de 2013

FIOS DE CABELO: DETECÇÃO DE STRESS e DOENÇAS CORRELACIONADAS


Estudo usa cabelo para medir o nível de stress

O cabelo concentra hormônios relacionados ao stress acumulados durante meses - e, por essa razão, seria melhor que a medição feita por meio de exames de sangue

Altos índices de stress no emprego levam trabalhadores a procurar ajuda médica para tratar problemas físicos, emocionais e mentais
Estudo: Fios de cabelo podem indicar grau de stress e risco de doença cardíaca (Thinkstock)
O cabelo pode revelar o nível de stress de uma pessoa – e ela está em situação de ficar em risco de uma doença cardíaca. Foi o que concluíram os autores de um estudo feito no Centro Médico da Universidade de Roterdã, na Holanda, e publicado nesta semana no periódico The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism
CONHEÇA A PESQUISA





Onde foi divulgada: periódico The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism



Instituição: Universidade de Roterdã, Holanda



Dados de amostragem: 283 pessoas de 65 a 85 anos



Resultado: Pessoas com os maiores níveis de cortisol presentes nos fios de cabelo — e em uma quantidade correspondente ao acumulado em três meses — são mais propensas a já terem sofrido algum evento cardíaco ou a terem diabetes.
Diferentemente de um exame de sangue, que identifica a quantidade de cortisol (hormônio relacionado ao stress) no organismo de uma pessoa no momento em que o teste é feito, a análise capilar pode revelar o 'acumulado' ao longo de vários meses, segundo os pesquisadores.
Os resultados desse estudo, porém, valem apenas para idosos, já que ele foi feito com pessoas de 65 a 85 anos de idade. Na pesquisa, a equipe analisou os níveis de cortisol presentes em amostras de fios de cabelo de 283 participantes. De acordo com os autores, foram avaliados fios de três centímetros cada, medida que concentra uma quantidade do hormônio acumulada em aproximadamente três meses.
Os pesquisadores observaram que a prevalência de pessoas que já haviam sofrido alguma doença cardiovascular ou que tinham diabetes foi maior entre o grupo dos participantes com os maiores níveis de cortisol nas amostras de fios de cabelo. Ou seja, uma maior quantidade do hormônio no cabelo está ligada a um risco mais elevado de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana ou diabetes.
"Nossos achados sugerem que, assim como a pressão alta ou a gordura abdominal, os níveis de cortisol encontrados no cabelo podem ser um fator que ajuda a prever o risco a longo prazo de problemas cardiovasculares. A descoberta pode ajudar a desenvolver novas estratégias de prevenção dessas doenças", diz Elisabeth van Rossum, coordenadora da pesquisa. "Estudos adicionais são necessários para explorar o papel da medição de cortisol a longo prazo como um indicador de doença cardiovascular e como ele pode ser usado para informar o novo tratamento ou estratégias de prevenção."

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