As autoridades da China investigam um novo escândalo envolvendo leite em pó no país, que veio à tona após pais de meninas que tiveram um desenvolvimento sexual anormal terem responsabilizado o produto pelas anomalias. Segundo relato da mídia oficial chinesa, exames realizados em julho em três meninas de Wuhan, capital da província de Hubei, teriam mostrado desenvolvimento anormal das mamas dos bebês.
Os exames teriam detectado níveis dos hormônios estradiol e prolactina nas meninas acima dos verificados em uma mulher adulta.
As três crianças, com idades entre 4 e 15 meses, teriam sido alimentadas com a mesma marca de leite em pó para bebês.
"A grande quantidade de hormônios nos bebês definitivamente indica que há um problema. Os pais deveriam parar de usar a fórmula para as suas filhas, e o pó deveria ser analisado", afirmou o diretor-médico do Hospital de Saúde Maternal e Infantil de Hubei, Yang Qin, segundo o relato da mídia chinesa.
A empresa fabricante do leite afirma que o produto é seguro e que "nenhum hormônio ou substância ilegal foi acrescentada à fórmula durante a produção".
Wang Dingmian, ex-presidente da associação de produtores de lácteos da província de Guangdong, diz que a origem dos hormônios pode estar no gado do qual foi tirado o leite usado para a produção do leite em pó.
"É pouco provável que os fabricantes adicionem hormônios aos seus produtos, porque isso não os ajudaria a vendê-los ou a passar pelos testes", disse ele ao jornal China Daily.
"Mas como a China ainda não tem uma lei que proíba o uso de hormônios na criação de gado, estaria mentindo se dissesse que ninguém use", afirmou.
Em 2008, produtos lácteos fabricados na China foram recolhidos em todo o mundo após seis crianças terem morrido e 300 mil pessoas terem desenvolvido problemas de saúde no país após consumir produtos de 22 fabricantes.
As investigações comprovaram que eles haviam adicionado ao leite melamina, um produto químico tóxico usado para a fabricação de plástico, para melhorar a aparência do produto.
(Fonte: diariodasaude.com.br)
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