"Não sou grande fã de arroz, mas sei bem do lugar sem rival que o grão ocupa em várias culinárias (basta lembrar de duas coisas sensacionais que não existem sem arroz: feijão e peixe cru).
O arroz não é muito comum na cozinha européia. Para se ter uma idéia, o maior consumidor per capita no continente é Portugal. Nas cozinhas alemã, francesa e britânica - e nos EUA - arroz é pouco apreciado.
Mas no resto do mundo, a coisa muda de figura. No Brasil, não há mesa posta sem arroz - e não é à toa que o país é o único não asiático na lista dos dez maiores produtores do mundo.
Aqui em Londres, por causa da forte presença das comunidades asiáticas, os tipos mais encontrados são o basmati (indiano) e o thai jasmine.
O arroz preferido lá em casa é o basmati, que funciona muito bem no arroz e feijão. Preparado à moda brasileira, ele fica soltinho e ainda resguarda um aroma distinto.
Mas o que eu queria contar aqui é que li no Times um comentário do foodwriter Alex Renton sobre uma amostra de um novo tipo de arroz que ele tinha recebido de uma cadeia de restaurantes tailandeses.
Trata-se de um super-arroz desenvolvido nas fazendas da rainha da Tailândia, um cruzamento de quatro tipos de arroz thai que resultou num arroz multicolorido que Rentos descreve como "borrachudo e cheio de sabores da terra".
Pelo seu alto conteúdo der endorfinas e enzimas, o arroz foi apresentado pelos produtores como tendo as propriedades de "aliviar estresse e ansiedade".
Esse "arroz da felicidade" foi batizado de GABA, numa referência ao componente ácido gamma-aminobutírico, um dos neurotransmissores que ajudam a regular o sistema nervoso e que tem um papel importante no crescimento e no desenvolvimento de músculos.
Rentos conta que aparentemente o aminoácido está no arroz graças a um processo que envolve a fermentação da semente antes de sua germinação. O colunista disse que se sentiu "relaxado" depois de comer o arroz.
Nas escolas e prisões, por exemplo, pode ser uma boa pedida".
(Fonte: Thomaz Papon/bbc.uk.co/blogs)
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