Pessoas que sofrem com diabetes têm bons motivos para ficar animadas. O desenvolvimento de novos tipos de insulina está facilitando o tratamento da doença, que impede ou compromete sua produção natural, pelo corpo humano. Os benefícios poderão atingir 3,6% dos brasileiros, portadores de diabetes. Ao redor do mundo, os beneficiados poderão chegar a 246 milhões de pessoas. O único fator que ainda atrasa o acesso aos novos recursos é o seu custo, ainda muito elevado para a população em geral.
Os novos tipos de insulina são chamados de Análogos da Insulina e são formas alternativas do componente, produzidas em laboratório, que demonstram mais eficácia e eficiência no tratamento da doença. Essas novidades vêm a se somar aos tipos de insulinas já usadas em tratamentos, chamados NPH e Regular.
De acordo com a Dra. Angela Casillo Christóforo, endocrinologista da Paraná Clínicas, uma das principais vantagens dos tipos alternativos é o abrandamento das reações da substância no corpo, aproximando os efeitos da aplicação artificial aos efeitos da produção natural de uma pessoa não-diabética.
A forma de aplicação da substância também é outra vantagem apresentada pela médica. “Ao invés de ser com seringas, o paciente usa canetas de aplicação, o que lhe garante mais conforto, precisão e facilidade”, explica Angela.
Em substituição à insulina Regular, foram criados os tipos Aspart, Lispro e Glulisina, considerados de ação ultra-rápida. “Estas insulinas são muito utilizadas e facilitam o tratamento do diabetes principalmente em crianças”, explica Angela. De acordo com a médica, estes novos tipos podem ser aplicados no início, durante ou logo após a refeição e atuam tempo necessário para a digestão dos alimentos – cerca de duas horas a menos que a insulina Regular, que deve ser aplicada meia hora antes das refeições.
Outras duas novas insulinas podem substituir a NPH: a Glargina e a Detemir. Estas são consideradas de ação lenta, e podem atuar no organismo durante 24 horas. “Glargina e Detemir não apresentam picos de ação como a NPH, sendo grandes aliadas para evitar a incidência de hipoglicemia. Entretanto, toda troca de medicação precisa ser avaliada pelo médico e, no caso da insulina, de preferência, com o endocrinologista”, completa Angela.
Há ainda as chamadas insulinas mix que são formadas por 50% a 75% de insulina de ação lenta junto com 25% a 50% de ação rápida na mesma caneta de aplicação, o que proporciona maior praticidade ao paciente. Sua aplicação, entretanto, deve ser feita de duas a três vezes ao dia.
Muito se é discutido sobre as formas de tratar o diabetes. Afinal, esta é uma doença que proporciona diversas complicações crônicas, como cegueira, insuficiência renal e até amputações. Existem dois tipos principais de diabetes, o tipo 1, causado pela destruição das células produtoras de insulinas do pâncreas, com a qual o paciente precisa de tratamento com insulina desde o início da doenças. Já no tipo 2 ocorre resistência do organismos à ação da insulina, associado à deficiência relativa da produção mesma. Neste caso, o pâncreas chega a produzir insulina no início da doença, mas é necessário o tratamento com insulina num estágio mais avançado para controlar os índices glicêmicos. O tipo 2 é o mais comum, representando 90 a 95% dos casos.
O acompanhamento por uma equipe multidisciplinar como nutrição, enfermagem, psicologia, educador físico e outras especialidades médicas, também é muito importante para o sucesso do tratamento. (Fonte: SIS.SAÚDE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário