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segunda-feira, 25 de abril de 2011

DIABETES e tudo o mais: NADA FICA SEM SER ENFRENTADO

MIGUEL PALUDO  e sua espôsa, Patrícia.
Miguel Paludo disputa a Truck Series, divisão de acesso da Nascar, mas a rotina de preparação para cada etapa não passa apenas pelo ritual básico de concentração e análise dos adversários que vai encarar nas pistas. Antes de cada corrida, o gaúcho senta e faz contas. Antes disso, fura o dedo. O sangue dele vai dizer, na verdade, muita coisa naqueles minutos seguintes.
Paludo tem diabetes 1, doença caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue. Convive com ela há sete anos, e isso nunca se transformou em um problema devido ao imenso controle feito por ele todos os dias. Se a rotina tida como "normal" de uma pessoa que tem a doença diz que ela deve fazer mais de uma vez por dia a coleta e a análise sanguínea para saber como estão as taxas, Paludo pode até ser considerado um "exagerado".
- Faço o controle cerca de oito vezes por dia. Em dia de corrida, então, eu fico calculando quantas horas vou ficar dentro do carro. Tomo a injeção de insulina, tento consumir a alimentação correta antes. Se eu conseguir manter os níveis sem alterações, não tem problema, nenhuma consequência. Nunca me senti mal, eu me cuido muito - explicou o brasileiro, ao LANCE!.
Paludo conta com a ajuda da esposa, Patrícia, que vive com ele nos Estados Unidos e o acompanha em todas as etapas da temporada. Juntos, estocam todo o medicamento que ele vai precisar. Ao longo do dia, ele não larga o aparelho que é necessário para furar o dedo e realizar a coleta, assim como as seringas para injetar a insulina.
- Trabalho sempre com a margem de erro, mas sempre pensando em estar bem no fim das corridas. Afinal, eu vou ficar duas, três horas dentro do carro, mas, quando saio, tenho de estar bem. É uma rotina complicada, mas com a qual estou acostumado – emenda o piloto.
Paludo disputou no último dia 22, às 21h (de Brasília), a quinta etapa da temporada da Truck, em Nashville, depois de ter sido o primeiro brasileiro a liderar uma corrida da categoria, na prova passada, em Martinsville (terminou em 12º e ocupa a décima posição na classificação, com 109 pontos – o americano Johnny Sauter lidera, com 150). A meta dele é ser o melhor estreante do ano.

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