Que os tecidos das roupas acumulam germes e bactérias durante o uso já não é novidade, mas um fato desconhecido por grande parte da população é que, mesmo depois da lavagem, alguns microorganismos nocivos à saúde — como as bactérias S. Choleraesuis e S.Typhimurium, que causam a salmonelose (cujos sintomas são diarreia e vômito) — sobrevivem e se mantém aderentes às fibras. Fungos e ácaros também podem resistir as lavagens, piorando quadros alérgicos respiratórios ou de pele em crianças e adultos, como rinite, micoses, brotoejas e, até mesmo, cistite ou candidíase.
A maioria dos brasileiros usa água fria e sabão para lavar as roupas. Segundo o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esse processo não elimina micróbios. Além disso, quando é possível utilizar água excessivamente quente, há grande risco de danificar as fibras dos tecidos.
— A presença de agentes microbianos nas roupas se dá pelo potencial de adesão de algumas fibras a microorganismos. Os sintéticos são os que têm o maior potencial de adesão. E a maioria dos tecidos hoje é mista, ou seja, composta por algodão com alguma fibra sintética — alerta Paulo.
Os tecidos 100% algodão também são vítimas de microorganismos, caso sejam guardados em locais úmidos e sem ventilação, ou quando ficam armazenadas no fundo do armário por muito tempo. O mesmo vale para as toalhas de banho expostas no banheiro e não secam direito, ou os uniformes das crianças, que voltam da escola sujos e carregando bactérias.
No entanto, de acordo com o infectologista, hoje em dia já existem no mercado versões anti-bactericidas de alvejantes que são eficientes na remoção destes microorganismos das roupas sem necessidade de água excessivamente quente.
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