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quarta-feira, 13 de abril de 2011

RADIOTERAPIA e ISOFLAVONAS DA SOJA

Um componente presente na soja aumenta os efeitos da radiação para matar células do câncer de pulmão.
O composto natural pode assim, ser um complemento ao tratamento capaz de reforçar os efeitos da radioterapia, além de proteger os pacientes de seus efeitos colaterais.
A pesquisa, realizada por cientistas Universidade do Estado de Wayne, nos Estados Unidos, foi publicada na última edição do Journal of Thoracic Oncology.
Isoflavonas
"Para melhorar a radioterapia para o câncer de pulmão, estamos estudando o potencial de componentes naturais e não-tóxicos da soja, as isoflavonas, para ampliar o efeito da radiação contra as células do tumor e ao mesmo tempo proteger as células normais do pulmão contra danos causados pela radiação," explica Gilda Hillman, que liderou a equipe de pesquisadores.
"Essas isoflavonas naturais da soja podem aumentar a sensibilidade das células cancerosas aos efeitos da radioterapia, inibindo os mecanismos de sobrevivência que as células cancerosas ativam para se proteger.
"Ao mesmo tempo, as isoflavonas da soja também podem atuar como antioxidantes, que protegem os tecidos normais contra danos não intencionais da radioterapia," disse Hillman.
Reparo do DNA
Hillman e sua equipe demonstraram que as isoflavonas de soja aumentam a morte das células cancerosas por radiação bloqueando os mecanismos de reparo do DNA, que são ativados pelas células cancerosas para sobreviver aos danos causados pela radiação.
As células do câncer de pulmão humano, chamadas A549, que foram tratadas com isoflavonas de soja antes da radiação, apresentaram mais danos ao DNA e menor atividade de reparação do que as células que receberam somente a radioterapia.
Isoflavonas da soja
Os pesquisadores utilizaram uma formulação com as três principais isoflavonas encontradas na soja - genisteína, daidzeína e gliciteína.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a genisteína pura tem atividade antitumoral em linhagens de células do câncer de pulmão, além de otimizar os efeitos do receptor do fator de crescimento epidérmico - os inibidores da tirosina quinase.
O estudo de Hillman mostrou que a mistura de soja teve um efeito antitumoral ainda maior do que a genisteína pura.
A mistura de soja também é consistente com os comprimidos de isoflavonas de soja utilizados em estudos clínicos, que já se provaram seguros para uso humano.

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