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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PERSONAL TRAINING



Tavicco Moscatello, referência no mercado de personal trainer, afirma que um dos principais erros dos profissionais do setor ainda é a descaso com a avaliação física. 
O primeiro curso para Personal Trainers que aconteceu no Brasil foi em 1990. De lá para cá, muita coisa mudou na área, principalmente no que diz respeito a consolidação da profissão e do profissional. Mas quanto será que o segmento evoluiu? 
Tavicco Moscatello aborda o tema. Afinal, foi ele quem, há 22 anos, ministrou o curso que inaugurou a profissionalização da atividade. 
Hoje, Tavicco acumula mais de 800 cursos em congressos e convenções, além de atuar também na organização de eventos, a exemplo da Fitness Brasil, da qual é responsável pela direção técnica e pedagógica.
 Os temas abordados em suas palestras vão de estratégias de marketing e técnicas de vendas a estruturação da prestação de serviços, passando por áreas técnicas como a periodização e montagem de treinos de força. 
Principais erros dos personal trainers
 Pedimos então para Tavicco analisar os principais erros que os personal trainers cometem ao prescrever um treino. 
Para Tavicco, o principal erro é a não prescrição da avaliação física: “Hoje em dia falta ao personal trainer direcionar o treino de acordo com as necessidades do aluno, falta fazer o básico, que é a avaliação física. O ideal é começar o trabalho com um bate papo com anamnese, checar os antecedentes referentes a exercícios e eventuais patologias”, explica, lembrando que “fazer uma avaliação de composição corporal e uma avaliação funcional cardio-vascular são itens recomendados apenas por alguns profissionais”. Para ele, se o aluno procura emagrecimento é necessário fazer uma avaliação de composição corporal, do perímetro e da dobra cutânea. 
Outro ponto que ele considera falha dos profissionais é o planejamento e registro das informações dos alunos: “É preciso fazer um estudo de caso, montar um plano de ações, traçando as etapas do trabalho a ser realizado com aquele aluno e manter um registro dessas informações”, afirma.
 Tavicco defende inclusive a necessidade de haver um mecanismo que controle a produtividade. Para ele, é importante “traduzir o formato do conhecimento em resultados”.
 O especialista ainda cita a importância de se traçar o perfil comportamental do aluno, dessa maneira é possível prestar um atendimento personalizado: verificar se a personalidade daquele aluno demanda que o personal trainer tenha uma atitude mais motivadora, ou talvez de maior cobrança. 
Ele destaca que o personal trainer brasileiro apresenta diferenciais em relação aos profissionais de outros países, a começar pela formação em Educação Física, não exigida em outras localidades. 
“Muitos profissionais investem mais em ´como se relacionar´ do que na atualização científica. A geração atual é focada em diversidade de informação, sem se preocupar com a consolidação do conhecimento, que é um processo que requer estudo e maturação da informação”, lamenta Tavicco.
FONTE: CLEIDE TANABE, JORNALISMO PORTAL EF

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