Tavicco Moscatello, referência no mercado de personal
trainer, afirma que um dos principais erros dos profissionais do setor ainda é
a descaso com a avaliação física.
O primeiro curso para Personal Trainers que aconteceu no
Brasil foi em 1990. De lá para cá, muita coisa mudou na área, principalmente no
que diz respeito a consolidação da profissão e do profissional. Mas quanto será
que o segmento evoluiu?
Tavicco Moscatello aborda o tema. Afinal, foi ele quem, há
22 anos, ministrou o curso que inaugurou a profissionalização da atividade.
Hoje, Tavicco acumula mais de 800 cursos em congressos e
convenções, além de atuar também na organização de eventos, a exemplo da
Fitness Brasil, da qual é responsável pela direção técnica e pedagógica.
Principais erros dos personal trainers
Para Tavicco, o principal erro é a não prescrição da
avaliação física: “Hoje em dia falta ao personal trainer direcionar o treino de
acordo com as necessidades do aluno, falta fazer o básico, que é a avaliação
física. O ideal é começar o trabalho com um bate papo com anamnese, checar os
antecedentes referentes a exercícios e eventuais patologias”, explica,
lembrando que “fazer uma avaliação de composição corporal e uma avaliação
funcional cardio-vascular são itens recomendados apenas por alguns
profissionais”. Para ele, se o aluno procura emagrecimento é necessário fazer
uma avaliação de composição corporal, do perímetro e da dobra cutânea.
Outro ponto que ele considera falha dos profissionais é o
planejamento e registro das informações dos alunos: “É preciso fazer um estudo
de caso, montar um plano de ações, traçando as etapas do trabalho a ser
realizado com aquele aluno e manter um registro dessas informações”, afirma.
Ele destaca que o personal trainer brasileiro apresenta
diferenciais em relação aos profissionais de outros países, a começar pela
formação em Educação Física, não exigida em outras localidades.
“Muitos profissionais investem mais em ´como se relacionar´
do que na atualização científica. A geração atual é focada em diversidade de
informação, sem se preocupar com a consolidação do conhecimento, que é um
processo que requer estudo e maturação da informação”, lamenta Tavicco.
FONTE: CLEIDE TANABE, JORNALISMO PORTAL EF
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