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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

TABAGISMO e MENOPAUSA PRECOCE


Estresse e tabagismo aumentam risco de menopausa precoce


    A menopausa precoce pode prejudicar a qualidade de vida da mulher. Um estudo turco avalia os fatores associados com este problema (e se estresse e tabagismo estão entre eles)

            A menopausa precoce pode ter impacto negativo para a mulher. Por exemplo, osteoporose e doenças cardíacas se associam com a interrupção prematura das regras. Isso sem contar os efeitos sobre a sexualidade, o humor e a estética feminina. De fato, para algumas mulheres abominam a ideia da menopausa, em geral, o que dirá da menopausa precoce. Mais ainda, com o aumento da expectativa de vida, as mulheres podem passar até metade de suas vidas na menopausa. Daí existe um interesse dos pesquisadores e das mulheres em conhecer os fatores associados com menopausa precoce.
          Pois bem, um estudo turco procurou avaliar os fatores envolvidos com o problema, usando, no entanto, uma definição um pouco menos restritiva de menopausa precoce: interrupção por 12 meses das menstruações abaixo dos 45 anos de idade. A maioria dos estudos usa outro limite: os 40 anos de idade. Mas vamos lá. Os autores compararam 500 mulheres com menopausa precoce com 2700 mulheres com menopausa natural sobre diversos aspectos: história obstétrica, ginecológica, hábitos, dieta, atividade física, IMC, dosagens hormonais, estado civil, etc. Entre os resultados algumas curiosas surpresas: estar empregada, ser divorciada, e ser fumante se associou, significativamente, com menopausa precoce.
          Divorciadas e empregadas tinham aumento do risco em torno de 90%. Fumar representou aumento de 65% no risco.  Explicar o efeito negativo do tabagismo não é difícil já que o cigarro contém substâncias tóxicas que destroem as células germinativas ovarianas, diminui a síntese de estrógeno e age também no sistema nervoso central na hipófise-hipotálamo. Mas é o que o estado civil e o trabalho tem a ver com menopausa precoce?. Isso os pesquisadores não souberam responder e vai ficar por conta dos ouvintes elaborarem explicações.
          Certamente muitos vão imaginar que ambas as situações, ser divorciada e ter um trabalho, são situações estressantes e que o estresse sabidamente interfere com os hormônios femininos e ciclo menstrual. Pode ser. Mas é quase certo que as mulheres casadas e desempregadas vão duvidar desta teoria, alegando que estresse mesmo é enfrentar o casamento e desemprego.  Saraç et al. (Early menopause association with employment, smoking, divorced marital status and low leptine levels. Gynecol Endocrinol. 2011;27(4):273-8.) 
FONTE:  Escrito por Dr. Alexandre Faisal às 11h37             http://dralexandrefaisal.blog.uol.com.br/arch2012-08-26_2012-09-01.html

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