Essa situação com certeza lhe é familiar: não importa o quanto você já tenha comido, ainda há espaço para mais um pedaço de pizza, de bolo, de chocolate…
Porque a gente come tanto? Porque nunca cansamos dessas besteiras deliciosas e gordurosas?
Porque nosso organismo é incapaz de nos ajudar a parar de comer. Em tese, nós temos um sistema no organismo que serve para evitar que comamos em excesso, nos dizendo que já estamos cheios, mas ele não é capaz de superar nossos instintos humanos antigos.
Instintos esses que vêm dos nossos ancestrais, que ainda viviam nas cavernas. Naquela época, o alimento não era abundante como hoje. Eles dependiam de caças temporárias, ou de encontrar frutos, então, quando tinham acesso à comida, aproveitavam para comer tudo o que podiam e mais um pouco.
O sistema x junk food
Quando nosso estômago está vazio, produz um hormônio chamado grelina, o “hormônio da fome”, que interage com um neurotransmissor no cérebro chamado NPY, que então é ativado para que você saiba que tem que comer. Quando o estômago está cheio, produz outra substância, chamada leptina. A leptina (conhecida como “hormônio da obesidade”, já que existe em maior nível nos obesos) tem o efeito contrário, fazendo com o que NPY “desligue” sua fome.
A visão de alimentos gordurosos e doces, ricos em energia, dispara um instinto pré-histórico que diz que temos que nos alimentar. Antes, nós tínhamos que aproveitar cada comida que encontrávamos para sobreviver, então, mesmo que já estivéssemos alimentados, precisávamos comer para armazenar gordura, como qualquer outro animal na Terra.
Só que hoje em dia, esse tipo de alimento está em todos os lugares, ou seja, é amplamente acessível. Fica difícil para nosso organismo evitar que nós nos entreguemos a esse instinto, o que faz com que entremos em um círculo vicioso que interfere com o mecanismo grelina-leptina, e, consequentemente, nos faz engordar.
Então quer dizer que, para emagrecer, temos que passar fome? Não exatamente. É só ter uma alimentação saudável e praticar exercício. [Gizmodo]
FONTE: Natasha Romanzoti - http://hypescience.com/porque-comemos-tanto/
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