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segunda-feira, 19 de julho de 2010

EXERCÍCIO FÍSICO e CÂNCER DE MAMA

As aulas de educação física na escola podem ter uma grandiosa importância na vida adulta das mulheres. Diversas pesquisas presentes na literatura médica atual sugerem que o exercício físico durante a infância pode diminuir as chances de desenvolver câncer de mama em mulheres adultas.
José Clemente Linhares, médico oncologista do hospital Erasto Gaertner, em Curitiba (PR), explica que o fato se dá pelo retardo da menarca, a primeira menstruação da mulher, por meio de exercícios: “a atividade física diminui os níveis de estrogênio e parece ser este o mecanismo de ação. No caso das crianças, retarda o início da primeira menstruação e, portanto, diminui o período da vida durante o qual a mulher está exposta aos hormônios”. Essa diminuição do contato com os hormônios ao longo da vida da mulher seria fundamental para prevenir a neoplasia.
Porém, é preciso dizer que a convivência com os hormônios não é necessariamente maléfica. Desde que indicados corretamente, o uso artificial de hormônios, seja por meio de anticoncepcionais, seja pela reposição hormonal a qual as mulheres geralmente são submetidas após a menopausa, pode trazer benefícios. Estudos apontam que há uma diminuição no risco de câncer de ovário para o uso da pílula e no câncer de cólon para a reposição hormonal. O risco de desenvolver câncer de mama, entretanto, é presente. Além dos anticoncepcionais, existe, para a reposição hormonal, um aumento discreto, segundo o médico, nos riscos da doença para um tratamento maior do que cinco anos.
Linhares explica ainda que o retardo da menarca pode ser feito de forma medicamentosa para tratar algumas condições específicas, como a menarca precoce, condição que pode ser detectada na infância através de sinais clássicos da puberdade, como crescimento dos seios e surgimento de pelos pubianos. Mas este não é o caso. “Quando falamos do retardo da menarca com exercícios físicos, estamos falando de uma intervenção natural e fisiológica. Não há sentido nem benefício em fazê-lo de forma medicamentosa para prevenção do câncer”.
A importância dessas informações, segundo Linhares, é agregar quadros reconhecidamente potencializadores do câncer às chances de risco da doença. “Não existem causas conhecidas para o câncer da mama. O que existem são fatores que aumentam este risco, sendo o câncer na verdade uma doença multifatorial”, afirma, e aponta alguns desses fatores, como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, dieta rica em gordura animal, além da menarca precoce e da menopausa tardia. O médico ainda ressalta que mulheres que não tiveram filhos, ou tiveram o primeiro filho depois dos trinta anos, além daquelas que apresentam histórico familiar de câncer nos ovários, mama ou cólon também têm maior chance de desenvolver tumores mamários.(Fonte: Site Medic Supply-SIS.SAÚDE)

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