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sábado, 24 de julho de 2010

COMO TRATAR, AJUDAR, COMBATER......

BULLYING
O termo inglês bullying (pronuncia-se bulin) vem sendo utilizado em todo o mundo para descrever atos repetitivos de violência física, verbal e psicológica. Casos como os de crianças e adolescentes humilhados ou hostilizados na escola são os mais comuns. Quanto antes forem diagnosticados, mais fácil será ajudar o indivíduo vitimizado e menores serão as chances de traumas psicológicos no futuro. Dependendo da faixa etária do agressor, podemos identificar diferentes expressões do bullying.
Para entender o problema, mais importante do que o tipo da agressão é a semelhança entre seus motivos.
Geralmente, o bullying é fruto de visões preconceituosas sobre as pessoas consideradas diferentes da maioria. Na escola, muitas vezes, aqueles alunos que se destacam intelectualmente são excluídos do contato social por outras crianças, assim como aqueles mais sensíveis ou retraídos. Essas diferenças provocam, em algumas crianças, um desejo de exercer poder sobre aqueles que consideram diferentes, dominando-os ou atacando-os, normalmente em público.
Hostilidades sempre existiram no ambiente escolar, mas elas se potencializaram com o surgimento da internet. A sensação de que não serão descobertos e de impunidade acaba levando os adolescentes a criarem páginas e conteúdos agressivos e a dispararem contra os colegas, sem medo.
A tecnologia que poderia ser utilizada como meio benéfico - para troca de informação e de contato social - passou, nos casos de bullying, a ser utilizada de forma agressiva e psicologicamente violenta por parte dos agressores.
A perseguição pode ter efeitos lesivos e duradouros contra as vítimas e até mesmo contra suas famílias. Daí a importância de se descobrir o problema a tempo de reparar os danos.
- Como identificar uma criança que sofre bullying? - Mudanças de comportamento são sinais importantes e podem sinalizar aos pais que os filhos estão sendo vítimas de bullying. A criança ou adolescente pode, repentinamente: - não querer mais frequentar as aulas; - pedir para mudar de turma; - apresentar queda do rendimento escolar; - passar a ter dificuldade de atenção; - apresentar sintomas físicos, como dor de cabeça ou de estômago e suor frio, indicando o violento e elevado nível de angústia a que está sendo submetido.
- O que fazer para ajudar uma vítima de bullying? - Qualquer indivíduo que tenha sofrido qualquer tipo de ameaça verbal, física ou psicológica precisa de ajuda e necessita ser protegido;  - os adultos devem informar à criança ou ao adolescente que o que ela sofreu será cuidado pela família, pela escola, pela comunidade ou pelas autoridades da lei; - muito importante também é deixar claro para a vítima, seja qual for a sua idade, que ela não é culpada pelas perseguições que está sofrendo, reafirmando que ela tem valores e qualidades que devem ser muito respeitados; - os pais devem sempre se mostrar disponíveis a escutar o filho, permitindo que expresse seus sentimentos diante da ameaça ou da agressão que vivenciou. Devem também evitar criticar a criança ou adolescente quando, sozinhos, não conseguirem enfrentar a situação. Pais jamais devem ignorar ou minimizar o problema de seus filhos, muito menos estimular agressão ou revide.
- Medidas de combate aos casos mais graves: - reforçar que as vítimas devem procurar ajuda de um adulto da família na ocorrência de situações difíceis;  - a vítima, com apoio dos pais, deve relatar o ocorrido para um responsável na escola; - juntar provas materiais, salvando e imprimindo as páginas com as ofensas; 
 - pedir ao provedor para tirar a página com as agressões do ar;  - procurar uma delegacia e fazer o boletim de ocorrência; -  procurar ajuda de um especialista quando os recursos de apoio emocional da família se esgotarem.
- Sugestões para escolas e comunidades com casos de bullying: - para minimizar ou acabar com as agressões, escolas, comunidades e especialistas podem promover programas antibullying envolvendo alunos, famílias, professores e coordenadores. O resultado de um trabalho preventivo, compartilhado por todos pode oferecer melhoria na qualidade dos relacionamentos e no uso responsável da internet.
 - Podem ser realizadas ações como: - capacitar professores e funcionários, na identificação e encaminhamentos adequados das vítimas; - conscientizar os potenciais agressores de que existem consequências para os crimes contra a honra, de calúnia ou injúria e de que os pais podem ser responsabilizados pelos atos dos filhos; - promover, na escola, critérios de não tolerância às condutas de bullying e ciberbullying.
(Fonte: Soraya Azzy, psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein/www.einstein.br)

11 comentários:

  1. Como proceder quando o bullying atigiu os familiares e eles estão fazendo parte inconcientemente por acreditar em comentarios sucessivos contra a vitima (Adulta) e que acabaram diagnosticando ela com outras doenças mentais pela agrecividade para se proteger e pela sua exclusão do convivio familiar e social, pisicologicamente abalada e recebendo outros tramentos e sofrendo mais uma agreção pelo diagnosticos de pisicolos e pisiquiatras perante a sociedade. Onde uma vitima deve procurar ajuda? Sendo que os maiores agressores são seus familiares e estão em um numero maior e sempre que a vitima reage falam que ela tem outra doença forçando um tratamento pisicologicamente deprimente e errado.Eu estou sofrendo isso a mais de 12 anos e não sei o que fazer começou com uma pessoa e envolveu varias. A quem eu devo procurar, se procuro autoridade e medicos não recebo apoio de nenhum integrante da família, por causa dos antigos ocorridos, acabou virando uma bola de neve, ou fico calada e escuto tudo que falam, ou chego a ser internada como louca!!! onde procurar ajuda e não sofrer mais um bullying????

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Tentando responder as perguntas:
      1. É bullying? Será bullying somente se houver agressão física ou psicológica, por palavras ou gestos provocativos, reiteradas vezes, e sem motivo aparente. Por exemplo, uma fofoca ou uma mentira contada várias vezes e que venha a ofender a minha honra (por difamação, calúnia) é um ato de bullying.

      2. O que fazer quanto os parentes reforçam o bullying? Como o bullying geralmente é praticado em forma de brincadeira (de mau gosto), algo que somente se faz com as pessoas mais próximas, tenha uma conversa franca com cada um dos parentes. Mostre a cada um como você se sente em relação às agressões que está sofrendo e diga claramente o que você gostaria que ele ou ela fizesse. Quanto mais claro e específico for o pedido, maior a chance de ser atendido. Por exemplo, diga: quando você diz que eu fiz o que não fiz, me sinto triste e ofendido; eu gostaria que você não repetisse o que falou, porque não é verdade e para que eu não volte a ficar triste. (pode acontecer de seu pedido não ser atendido, mas não desista; mantenha a mesma forma de dizer o que você sente e o que você precisa; com o tempo você será ouvido)

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    3. Ainda tentando reponder (são muitas dúvidas:)

      3. O que fazer se a vítima é adulta? Penso que ser adulto significa tentar lidar com as adversidades da vida, mostrando força e responsabilidade. Temos que ser fortes para resistir às dificuldades que surgem, buscando vencer o que for possível ou nos desviar do que pode nos atingir. Não raro buscamos ajuda dos amigos e da nossa fé. Quem acredita na existência de uma força superior, que a tudo pode vencer, geralmente vence.

      4. E se a vítima é doente mental? Dizer que alguém é doente exige muitos exames e, principalmente, um diagnóstico (para dizer qual é a doença) e um prognóstico (para dizer qual deve ser o tratamento). Mesmo quando os especialistas concordam com o diagnóstico, nem sempre concordam com o tratamento, o que nos leva a recomendar a procura de mais de uma opinião médica, e mais de um tipo de tratamento, para saber qual é o melhor.

      5. Onde a vítima deve procurar ajuda? Entre as pessoas mais próximas e que se disponham a ajudar (parentes, amigos). Se não for o bastante, é importante procurar ajuda especializada, de psicólogo, psiquiatra, advogado, ou serviços públicos de saúde mental (centro de atenção psicossocial/CAPS) e de segurança pública (delegacia de polícia). Cada profissional indicará a solução em sua área de atuação, o que pode resolver todo ou pelo menos parte do bullying.

      6. O que fazer quando a família não apóia? Permanece a recomendação de procurar ajuda especializa. Os profissionais da saúde, do direito e da segurança pública ajudarão a orientar a família, para que ela dê o necessário suporte material e afetivo.

      Espero, de coração, ter ajudado!

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  2. Olá.
    Entendo que se uma pessoa vem tendo o seu direito ameaçado(qualquer que seja)deve procurar ajuda para resolver esta situação.
    A minha certeza é que o Poder Judiciário é o caminho, nestes casos de direitos humanos violados. Não há mediação quanto à ameaça de perdas ou a direitos humanos desrespeitados e a Promotoria Pública deve ser o primeiro canal a ser utilizado.
    Espero ter auxiliado, ao menos, um pouco.
    Tchau,
    Joni

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  3. COMO FAÇO, POIS JA RELATEI Á ESCOLA, E ELES NÃO TOMAM OS DEVIDOS DIREITOS.
    MEU FILHO ESTA INDO OBRIGADO TODOS OS DIAS PRA A ESCOLA.

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    1. A escola deve ser um espaço para encontrar os amigos, divertir-se e, se possível, passar de ano. Compreendo a angústia dos pais, que às vezes se sentem impotentes e ignorados na tentativa de proteger o que têm de maior valor, os filhos.
      Quando o bullying acontece dentro da escola, os pais devem cobrar providências da escola, através da direção e do serviço de orientação educacional (SOE). Caso a escola não tome providências imediatas ou se forem insuficientes, os pais devem procurar a Secretaria de Educação, para que tomem providências em relação aos profissionais da escola.
      Persistindo o problema, o Conselho Tutelar deve ser notificado, para que acione a rede de proteção à criança e ao adolescente do município.
      Nos casos mais graves, em que o bullying esteja impedindo o aluno de freqüentar as aulas, o caso deve ser levado à delegacia de polícia e, se necessário, ao Ministério Público, para que a promotoria especializada encaminhe as soluções necessárias.
      Nada impede que também um advogado ou defensor público seja consultado, ou mesmo designado, para promover as ações de proteção necessárias ao bem estar da criança ou adolescente, através de uma ação civil, criminal ou administrativa contra os responsáveis pelo descaso no atendimento ao estudante.

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  4. Olá,
    Posso, tranquilamente, me manifestar como pai: "se fosse meu filho, não hesitaria em procurar a Promotoria Pública".
    Há que se fazer algo e não se pode deixar a criança à mercê desses ataques e nem deixar que pessoas insensíveis, irresponsáveis (como as da escola que menciona) permitam que esta situação se prolongue ou se eternize.
    Há pressa nesta ação!
    Defesa de direitos humanos: promotoria pública da Infância e da Adolescência imediatamente!
    Um abraço.
    Joni

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  5. MEU FILHO SOFRE ,COM UM PRIMO O QUE DEVO FAZER .

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  6. Olá.
    Mesmo não sendo especialista na área, devo dizer que os adultos da família devem interferir na situação. Não deixe prolongar mais esta questão. Abra o jogo com todo mundo e mostre que isto pode piorar, ainda. É preciso dar um basta para que seu filho viva tranquilo e náo fique exposto à sanha de ninguém.
    E, se com toda a boa vontade, a questão não melhorar, procure o Conselho Tutelar de sua cidade e peça orientação.
    Boa sorte.
    Joni

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  7. Mais do que transmitir conhecimentos, a escola precisa valorizar e reforçar o contexto e as potencialidades dos alunos, respeitar as diferenças independentemente de cor, status sociais ... todos somos iguais perante a lei.

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