Salgadinhos, frituras, bolachas... Esse "cardápio", tão comum na lancheira de crianças brasileiras, nada mais é que uma bomba relógio na saúde dos pequenos. Segundo a nutricionista Kátia Tiemi Tookuni, uma boa educação alimentar tem de começar cedo, e com a participação dos pais. Dessa forma, é possível evitar o sobrepeso e impedir que os pequenos venham a ter colesterol alto, diabetes, hipertensão e até mesmo câncer, quando adultos.
O alerta já foi dado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia ao divulgar que a obesidade infantil no Brasil atingiu a marca histórica de 15%. Há pouco mais de 20 anos, o índice era de 3%.
A falta de tempo é inimiga dos pais na hora de escolher o que as crianças vão comer na hora do lanche. Na maioria das vezes, alimentos industrializados, como suco de caixinha, bolachas e chips que, apesar de fornecerem energia, contêm as chamadas calorias vazias. "Geralmente, a opção mais rápida e prática não é a mais adequada", comenta a nutricionista.
Kátia explica que o desenvolvimento e crescimento da criança estão diretamente ligados à alimentação.
"É essencial existir um controle da ingestão de sal e alimentos com sódio (adoçantes, temperos prontos, salgadinhos), pois esses alimentos em excesso aumentam a perda de cálcio no organismo e influenciam na má-formação de massa óssea".
Segundo Kátia, o lanche escolar deve conter de 15% a 20% das necessidades nutricionais diárias da criança. "Os recheios de sanduíches ou tortas devem ser regulados, não precisam conter proteínas se a família inclui carne no almoço e no jantar. Dá para incluir escarola, brócolis, espinafre e tomate, fontes de zinco, ácido fólico, magnésio, betacaroteno e vitamina A", explica.
Para a nutricionista, o ideal é balancear a quantidade adequada de carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. "As lancheiras devem conter um tipo de suco de frutas naturais ou frescas (fontes de vitaminas, minerais e antioxidantes que ajudam a prevenir doenças) e um alimento rico em carboidrato", explica ela, recomendando dar prioridade aos produtos integrais".
(Fonte: Mayhara Nogueira-Folha de Londrina)
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