Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de julho de 2010

TABACO BURLEY

TABACO TIPO BURLEY
Mito
A industria do tabaco está divulgando que a aprovação da minuta de diretrizes para os artigos 09 e 10 (da Convenção-Quadro para o Controle do Tabagismo, primeiro tratado internacional sobre o assunto), a qual recomenda a proibição e restrição do uso de aditivos em cigarros e outros produtos similares, proíbe o uso de tabaco tipo burley.
Realidade
A medida proposta para os artigos 09 e 10 em nenhum momento menciona proibir o uso de nenhum tipo de tabaco. O seu objetivo é restringir o uso de aditivos na manufatura de cigarros e similares, principalmente os quais que têm função de:aumentar o poder nicotina de causar dependência, aumentar a atratividade para adolescentes.
Por outro lado vale salientar que alguns aditivos quando sofrem o processo de combustão se transformam em substâncias altamente tóxicas causadoras de danos a saúde, o que por si só também já é uma grande justificativa para limitar do seu uso. É por exemplo o caso do açucar que quando queimado se transforma em acetaldeído. O acetaldeído é também considerado uma neurotoxina porque causa degeneração em células dendríticas do tecido cerebral além de facilitar e intensificar o efeito da dependência da nicotina no cérebro. Está também classificado como possivelmente cancerígeno para seres humanos pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da OMS.
Documentos internos de companhias de cigarro mostram que até a década de 70 os cigarros eram fabricados quase sem nenhum tipo de aditivos e que essa tecnologia foi desenvolvida com os objetivos de aumentar o poder de causar dependência dos produtos, aumentar a palatabilidade e a atratividade.
E ainda, existem evidências a partir desses documentos de que companhias fabricantes de cigarros e outros produtos de tabaco já desenvolveram patentes para uso do tabaco tipo burley sem aditivos.
Enfim, estamos novamente assistindo uma manobra para impedir uma medida que certamente contribuirá para o alcance dos objetivos da Convenção: reduzir o consumo de produtos de tabaco e suas consequências.
Isso aconteceu durante dois anos de discussão sobre a ratificação da Convenção pelo Brasil, quando a industria do tabaco e suas afiliadas principalmente a AFUBRA divulgou em regiões fumicultoras e junto a parlamentares politicos que se o Brasil ratificasse a Convenção, seria proibido plantar fumo no Brasil.
(Fonte: Porummundosemtabaco/INCA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário