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sábado, 24 de julho de 2010

PROMISSORA VACINA CONTRA COCAÍNA

Não existe tratamento farmacológico para a dependência de cocaína aprovado pelo FDA – órgão que controla alimentos e medicamentos nos Estados Unidos , mas pesquisadores desenvolveram uma vacina promissora contra a dependência das drogas, que impede o corpo humano de sentir os efeitos da substância ingerida, disse um dos autores do estudo.
A vacina obriga o sistema imunológico a reconhecer a droga como um corpo estranho e a atacá-la, detalhou Thomas Kosten, professor de Psiquiatria e de Neurociência do Baylor College of Medicine, em Houston (Texas, sul dos EUA), que trabalha nessa vacina desde 1995.
O paciente recebe uma versão modificada da droga, à qual está agregada uma proteína que o corpo reconhece como uma ameaça, completou, em entrevista por telefone à AFP. "O corpo, então, diz: 'é um elemento estranho. Tenho de começar a fabricar anticorpos'", explicou o especialista.
A esperança é que esta vacina possa permitir evitar que as pessoas caiam em uma espiral de dependência em casos de recaída.
Os resultados mais promissores foram constatados com a cocaína, mas os pesquisadores esperam que a vacina possa, um dia, ser utilizada para o vício em metanfetaminas, heroína e até cigarro. "A vacina diminui, progressivamente, a quantidade de cocaína que atinge o cérebro", relatou Kosten, acrescentando que "é um processo lento, e os pacientes não sofrem síndrome de abstinência".
Em caso de uso da droga, "gradualmente, o nível dos anticorpos se elevaria. Se você continuar a usar (cocaína), os efeitos serão cada vez menos fortes", disse o cientista.
Segundo ele, os testes da vacina contra o vício em coca incluíram uma série de cinco injeções, por um período de três meses.
A vacina ainda deve ser experimentada em uma escala maior, antes de dar início ao processo que visa à aprovação da FDA,  frisou Kosten.
Uma vacina similar para a dependência do cigarro já está sendo desenvolvida por vários grupos de pesquisadores europeus, mas a de Kosten, para a cocaína, é a mais avançada, de acordo com o próprio cientista.
A vacina entra na terceira e última fase de experimentação humana. Essa fase é dedicada a estudos comparativos sobre a eficácia da vacina preparada pela Immunologic Pharmacological Corporation. A licença para a comercialização foi solicitada pelo grupo britânico Xenova.
Segundo o laboratório produtor, a vacina é composta por uma molécula de cocaína, ácido carbônico e uma proteína transportada da toxina da cólera asiática.
Na segunda fase experimental, 35 norte-americanos usuários de cocaína receberam quatro aplicações de 400 microgramas e, nos seus organismos, verificou-se a formação de anticorpos anticocaína.
Os anticorpos, grosso modo, aderem à cocaína ingerida e que ingressa na corrente sanguínea. Com a fixação, ocorre um bloqueio, a impedir a passagem para o cérebro.
Foram animadores os resultados colhidos na supracitada segunda fase, pois 75% dos 35 vacinados ficaram desintoxicados, "limpos", em 12 semanas. Dos submetidos à vacinação, 88% falaram de redução da euforia provovada pela ingestão da cocaína.
A experiência alcançou 114 dependentes de crak (cocaína sólida, de efeito mais rápido por ser fumada). Passadas 12 semanas e em face do uso das quatro doses da vacina, 30% dos testados não apresentavam resíduo de cocaína na urina.
Para os especialistas, tudo indica que a eficácia da vacina ficará comprovada e, em breve, o produto será colocado no mercado.
(Fontes: ultimosegundo.ig.com.br/Wálter Fanganiello Maierovitch-terramagazine.terra.com.br)

4 comentários:

  1. Este medicamento ja esta sendo usado no Brasil?

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    1. Olá.
      Que eu saiba, está em estudos nos Estados Unidos ainda.
      Tchau
      Joni

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  2. Esta medicamento ja esta sendo usado no Brasil? Tenho interesse em saber, pois meu filho é dependente quimico. Por favor se ja estiver em uso no Brasil me informe o nome do Medico ou da clinica. Obrigada

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  3. Olá.
    Até onde pesquisei, não está à venda em local algum: só estudos.
    Saudações e...perseverança.
    Tchau.
    Joni

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