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quinta-feira, 29 de julho de 2010

NANOENCAPSULAMENTO

Fármaco nanoencapsulado (Imagem: IPT)
Um princípio ativo para tratamento da hanseníase poderá ser encapsulado em escala nanométrica - um nanômetro equivale a um bilionésimo do metro. O nanoencapsulamento potencializa a eficiência do medicamento, direcionando o fármaco para o local de ação no organismo e evitando sua degradação.
A ideia, proposta por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), para a produção do fármaco nanoencapsulado, acaba de ser aprovada em primeira fase pela Finep.
O projeto contempla ainda a construção de um biochip a, um protótipo de equipamento baseado em microfluídica (capacidade de mover, separar, misturar, bombear e controlar diminutas quantidades de líquidos ou gases em sistemas miniaturizados que possuam canais, cavidades, bombas, válvulas e sensores) para a produção dos fármacos.
Os pesquisadores Mario Ricardo Gongora Rubio, Adriano Marim de Oliveira, Natália Pereira Neto Cerize, Kleber Lanigra Guimarães e Maria Helena Zanin integram a equipe técnica responsável pelo projeto, que pertence ao Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos do IPT.
A proposta, no valor de R$ 1,4 milhão, foi apresentada à Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Finep, no edital "Ação Transversal em Nanotecnologia 2009".
Em cumprimento à exigência do edital, ela inclui a participação de uma empresa, a PolyAnalytik International Brasil que, além de investir no projeto, poderá produzir e comercializar o equipamento. A PolyAnalytik nasceu incubada do Cietec, ganhou maioridade e está no mercado há quatro anos. Especializou-se em caracterização de materiais, particularmente os poliméricos, que são um dos tipos de matéria-prima empregada pelo IPT em micro e nanoencapsulamento.
A proposta apresentada também prevê contrapartida do IPT, da ordem de R$ 600 mil, em trabalho especializado de seus pesquisadores com equipamentos laboratoriais de ponta.
"A proposta do IPT foi classificada em segundo lugar entre 12 instituições de pesquisa de todo o país, o que já é um reconhecimento por se tratar de uma área muito competitiva no ramo da pesquisa. Agora vem uma etapa de avaliação técnico-jurídica, e nossa expectativa é de iniciar em meados deste semestre os trabalhos que deverão durar 24 meses", explica Marim.
Segundo os pesquisadores, o protótipo do equipamento poderá ser aplicado em diversas áreas além da farmacêutica, como agricultura, alimentos, cosméticos ou tintas, empregando outros princípios ativos e ampliando o leque de possibilidades para esta tecnologia inovadora.
"O diferencial do IPT é a atuação em pesquisa aplicada, buscando atender às demandas das empresas, alinhada a normas e prazos do setor produtivo. Nosso foco é a busca de soluções tecnológicas para os problemas da indústria", enfatiza Natália. "As empresas nacionais têm um grande potencial, mas precisam romper a barreira que dificulta suas decisões de investimento em pesquisa tecnológica. Podemos ajudá-las nesta tarefa. (Fobnte: diariodasaude.com.br)

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