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domingo, 5 de agosto de 2012

ÔMEGA 3 e INFECÇÕES NO BEBÊ


Consumo elevado de salmão na gravidez reduz produção de anticorpo

Índice da imunoglobina-A no leite materno, importante para a prevenção de infecções no bebê, tem queda quando há alto consumo de ômega-3

Prevenção natural: alta ingestão do ácido graxo ômega-3 ajuda a reduzir os riscos de arritmia cardíaca entre adultos
Consumo de ômega-3 na gravidez pode afetar a formação do sistema imunológico do bebê (Thinkstock)
O consumo de ácido graxo ômega-3 durante a gravidez pode reduzir a produção de um anticorpo importante na prevenção de infecções no bebê. De acordo com um estudo publicado no periódico médico The Journal of Nutrition, mulheres que mantinham uma dieta rica em salmão secretavam menos imunoglobina-A, um anticorpo passado de mãe para filho durante a amamentação.
De efeito benéfico e conhecido para a saúde do coração e até na prevenção da depressão pós-parto, o ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes gordos como o salmão, é indicado para qualquer pessoa que queira manter uma dieta saudável. Como são fundamentais para a formação do cérebro de um feto, mulheres grávidas também são costumeiramente encorajadas a ter uma dieta rica da substância. Esse ácido é importante ainda para o desenvolvimento dos vasos sanguíneos, do coração e do sistema imunológico.
Apesar de todos os efeitos benéficos conhecidos do óleo graxo ômega-3, pouco era sabido sobre a influência de sua ingestão na composição do leite materno e das substâncias imunológicas transferidas de mãe para filho. A proteção imunológica que a amamentação fornece aos recém-nascidos é uma das razões pelas quais o aleitamento materno é recomendado por profissionais de todo o mundo. Daí, a importância de se avaliar a influência do consumo de peixes gordos por gestantes.
Pesquisa – Um grupo de pesquisadores, coordenados pela Universidade de Reading e a Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, separou 123 mulheres grávidas, que raramente consumiam peixes gordos, em dois grupos. Metade manteve sua dieta regular. A outra metade ingeriu duas porções de salmão por semana, começando na vigésima semana de gestação até o nascimento.
Descobriu-se, então, que as mães que comeram salmão nos estágios finais da gravidez tiveram um aumento na quantia de ômega-3 presente no leite no primeiro mês após o nascimento. Mas elas tiveram também uma redução na secreção de imunoglobina-A, um anticorpo que ajuda o recém-nascido a se proteger de infecções virais e bacterianas através das mucosas.
“A dieta rica em peixes gordos é eficiente na transmissão de nutrientes saudáveis para os bebês. Mas são necessários mais estudos para examinar como a baixa desse anticorpo específico pode afetar os recém-nascidos”, diz Parveen Yaqoob, coordenadora do estudo.


CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Salmon Consumption during Pregnancy Alters Fatty Acid Composition and Secretory IgA Concentration in Human Breast Milk

Onde foi divulgada: periódico The Journal of Nutrition

Quem fez: Heidi J. Urwin, Parveen Yaqoob e equipe

Instituição: Universidade de Reading e Universidade de Southampton

Dados de amostragem: 123 gestantes

Resultado: O consumo de peixes gordos, fonte de ácido graxo ômega-3, durante a gestação reduziu a secreção de imunoglobina-A pelo leite materno. O anticorpo é importante na prevenção de infecções no bebê. 


FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/consumo-elevado-de-salmao-na-gravidez-reduz-producao-de-anticorpo

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