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segunda-feira, 8 de março de 2010

TABAGISMO PASSIVO e CRIANÇAS

A exposição ao tabagismo passivo pode levar ao enrijecimento das artérias de jovens de 13 anos de idade, aumentado o seu risco futuro de problemas cardiovasculares, segundo pesquisa recentemente publicada na revista Circulation.
A análise de quase 500 jovens mostrou que o fumo passivo entre crianças com idades entre oito e 13 anos estava associado a uma maior espessura da parede dos vasos sanguíneos e a problemas de funcionamento dos vasos - ambos precursores do endurecimento das artérias.
Os resultados do estudo indicaram, ainda, que a exposição à fumaça do cigarro estaria associada a outro fator de risco para doença cardíaca - altos níveis de apolipoproteína B, um componente do colesterol "ruim" (LDL). "Apesar de estudos anteriores terem revelado que o fumo passivo pode ser prejudicial para os vasos sanguíneos entre adultos, não sabíamos, até este estudo, que esses efeitos específicos também ocorriam entre crianças e adolescentes", escreveu a pesquisadora Katariina Kallio, da Universidade de Turku, na Finlândia.
De acordo com os pesquisadores, comparados aos jovens com menor exposição à fumaça, aqueles que tinham maiores níveis de cotinina -subproduto da nicotina- no sangue, indicando maior fumo passivo, apresentavam 7% maior espessura das paredes da artéria carótida e 8% maior espessura da artéria aorta. E a dilatação arterial mediada pelo fluxo sanguíneo era menor quanto mais a criança havia sido exposta ao tabagismo passivo.
"Essas descobertas sugerem que as crianças não deveriam enfrentar a exposição à fumaça do tabaco.
Até uma pequena exposição à fumaça do tabaco pode ser prejudicial aos vasos sanguíneos", destacou a especialista. "Precisamos oferecer às crianças um ambiente livre de fumaça", concluiu.
(Fonte: Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes/02 de março de 2010/SIS.SAÚDE)

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