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sábado, 14 de maio de 2011

TRATAMENTO PRECOCE COM ANTIRRETROVIRAIS

Mulheres e homens infectados pelo HIV reduzem o risco de transmitir o vírus a seus parceiros sexuais fazendo uso de medicação antirretroviral precocemente, enquanto o seu sistema imunológico ainda não está comprometido pelo vírus, de acordo com os achados de um ensaio clínico de larga escala patrocinado pelo National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID), parte do National Institutes of Health nos Estados Unidos.
O estudo clínico HPTN052 será concluído em 2015, mas os resultados parciais foram divulgados nesta semana, já que ficou claro que o uso de antirretrovirais por pessoas infectadas pelo vírus da AIDS, ainda com sistema imunológico relativamente saudável, reduz substancialmente o risco de transmissão do vírus aos seus parceiros sexuais não infectados.
Liderado por Myron Cohen, diretor do Institute for Global Health and Infectious Diseases, da Universidade da Carolina do Norte, o HPTN 052 começou em abril de 2005 com a participação de 1.763 casais, a maioria (97%) heterrosexual, todos com no mínimo 18 anos de idade. O estudo foi realizado em 13 países, entre eles o Brasil.
Para participar do estudo, os 890 homens e as 873 mulheres deveriam ter de 350 a 550 células T CD4+ de defesa por milímetro cúbico (mm³), o que demonstra a boa saúde do sistema imunológico dos soropositivos, até 60 dias após a entrada no estudo. Já os parceiros não infectados tiveram teste negativo para o vírus HIV até 14 dias após terem iniciado sua participação na pesquisa.
Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: um de soropositivos que receberam a combinação de três antirretrovirais precocemente e outro no qual os infectados pelos vírus só começavam o uso das medicações quando as células CD4+ estavam abaixo de 250 células/mm³ ou apresentavam alguma doença relacionada à AIDS, como a pneumonia por Pneumocystis carinii.
Durante o seguimento, 39 parceiros foram infectados. A transmissão entre os membros do casal ficou provada em 28 casos, destes apenas um ocorreu no grupo que recebeu os antirretrovirais precocemente. Sete casos de infecção não estão relacionados ao parceiro infectado e quatro ainda aguardam análises.
Este achado foi estatisticamente significativo e indica que o início precoce de antirretrovirais levou a uma redução de 96% na transmissão do HIV para o parceiro não infectado pelo HIV.
Os 11 medicamentos usados em várias combinações diferentes foram:
Atazanavir (300 mg em dose única diária); Didanosina (400 mg em dose única diária); Efavirenz (600 mg em dose única diária); Emtricitabina/tenofovir disoproxil fumarato (200 mg emtricitabina/300 mg tenofovir disoproxil fumarato em dose única diária); Lamivudina (300 mg em dose única diária); Lopinavir/ritonavir 800/200 mg uma vez a dia ou Lopinavir/ritonavir 400/100 mg duas vezes ao dia; Nevirapina (200 mg uma vez ao dia por 14 dias seguidos de 200 mg duas vezes ao dia); Ritonavir (100 mg uma vez ao dia, usado apenas para intensificar o efeito do Atazanavir);  Estavudina (dose dependendo do peso corporal); Tenofovir disoproxil fumarato (300 mg em dose única diária); Zidovudina/lamivudina (150 mg lamivudina/300 mg zidovudina tomados oralmente duas vezes ao dia).
(Fonte: Fonte: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID) – NIH News (National Institutes of Health)
NEWS.MED.BR, 2011. AIDS: tratamento precoce com antirretrovirais em pessoas infectadas pelo HIV protege os parceiros da infecção pelo vírus da AIDS, segundo informa o National Institutes of Health. Disponível em: . Acesso em: 14 mai. 20110)

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