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terça-feira, 3 de maio de 2011

RESPONSABILIDADE DE GRÁVIDA

Uma mulher grávida que tentou suicídio e acabou matando o bebê que estava esperando está presa, acusada de homicídio, nos Estados Unidos, segundo o jornal inglês “The Guardian”. O caso vem atraindo a atenção de grupos feministas e de direitos civis no país.
Bei Bei Shuai, de 34 anos, tomou veneno de rato quando descobriu que seu noivo, de quem esperava um filho, já era casado e estava planejando abandoná-la. Como não morreu, a mulher, que nasceu na China e vivia nos Estados Unidos havia dez anos, foi levada a um hospital.
Bei deu à luz a uma menina, que sofreu várias convulsões e morreu quatro dias depois. Depois de ficar internada em um hospital psiquiátrico, a mãe tentou retomar a vida.
No entanto, em março, Bei foi presa, acusada de homicídio. Se condenada, a mulher pode passar o resto da vida atrás das grades. Bei está presa na cadeia do condado de Marion, em Indianápolis, e é segregada das outras presas.
“Este caso tem grandes implicações para as grávidas de todo o país. Se um Estado pode colocar uma mulher na cadeia por ter colocado o feto em risco durante a gravidez, gestantes que bebem e fumam também poderão ser presas”, afirma a advogada Alexa Kolbi-Molinas, da União Americana de Liberdades Civis, uma ONG pró-direitos civis americana.
A advogada de Bei, Linda Pence, não concorda com a alegação da promotoria que diz que o veneno de rato matou a bebezinha. Segundo Linda, a recém-nascida recebeu medicações fortes no hospital que podem ter causado sua morte. Grupos feministas visitam Bei regularmente na prisão e dizem que, apesar de tudo, a mulher mantém as esperanças.
Dave Rimstidt, que faz parte do time de promotores, afirma que o caso foi bastante estudado e que as acusações não são absurdas. “É um caso único. Achamos que podemos provar tudo o que acusamos”, afirmou.

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