Algumas pessoas aprendem línguas estrangeiras quando são jovens, mas em vários casos o contato é muito breve e não é possível praticar posteriormente. A impressão geral é que, ao ser negligenciada, a língua aprendida simplesmente desaparece. Mas será que a ideia de “use agora ou perca para sempre” se aplica às línguas estrangeiras?
Apesar de acharmos que com a falta de exercício esse aprendizado desaparece, um novo estudo sugere que uma língua estrangeira aprendida na infância se fixa profundamente na memória.
Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, localizaram e pesquisaram o efeito em falantes nativos do inglês que tiveram contato com hindi ou zulu. Ambas as línguas foram escolhidas por terem uma imensa diferença do inglês, com fonemas irreconhecíveis para a maioria.
Inicialmente, os participantes foram convidados a completar palavras escritas e depois começaram um treinamento para aprender a distinguir pares de fonemas. Em pouco tempo, os voluntários, que afirmavam não se lembrar de nenhum detalhe das línguas aprendidas na infância, começaram a identificar (e corrigir) os fonemas com maior rapidez, mesmo que o teste inicial de vocabulário tivesse sido um fracasso absoluto com todos os indivíduos.
Os resultados da pesquisa, que estão na edição de setembro do periódico Psychological Science, sugerem que crianças expostas a línguas estrangeiras são fortemente impactadas na área do cérebro que lida com a percepção da fala. Mesmo que haja uma ideia de perda dessa memória, após anos em desuso, traços desse aprendizado se manifestam automaticamente como uma maneira de agilizar o processo de reaprendizado, dizem os autores. com informações da Psychological Science
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