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quinta-feira, 19 de maio de 2011

DIABETES TIPO 2: adição de terceira medicação hipoglicemiante

Não há benefício claro estabelecido entre as diferentes classes de medicamentos, quando um terceiro agente é adicionado ao tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 que já estão recebendo metformina e sulfonilureias, de acordo com os resultados de uma análise de revisão publicada pelo periódico Annals of Internal Medicine.
Poucos estudos avaliaram o efeito da adição de uma terceira medicação hipoglicemiante quando o controle da glicemia não é alcançado pelo uso de metformina e sulfonilureias em diabéticos tipo 2.
Artigo de revisão, publicado pelo coordenador Jorge L. Gross, PhD, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e colaboradores, teve como objetivo comparar a eficácia da adição de uma terceira medicação, envolvendo a comparação entre diferentes classes de hipoglicemiantes, no tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 inadequadamente controlados com metformina e sulfonilureias.
As opções para a inclusão de um terceiro agente hipoglicemiante, quando já são usados metformina e sulfonilureias incluem: insulina, inibidores de alfa-glicosidase (acarbose), tiazolidinedionas, agonistas do GLP-1 (glucagon-like peptide 1) e inibidores da dipeptidil peptidase-4.
Os investigadores revisaram artigos do Medline, EMBASE, Cochrane Library, Lilacs e bases de dados eletrônicos do ClinicalTrials.gov para fazer tal análise. Duração mínima de 24 semanas de tratamento, ter pelo menos 18 anos de idade e apresentar nível de hemoglobina A1c (HbA1c) superior a 7,0%, apesar do tratamento com uma combinação de metformina e sulfonilureia foram alguns dos critérios de inclusão.
Avaliou-se a mudança no nível de HbA1c, as alterações de peso e a frequência de hipoglicemia severa.
A meta-análise incluiu 18 ensaios clínicos com duração média de 31,3 semanas (intervalo de 24-52 semanas), envolvendo um total de 4.535 participantes. Comparado com placebo, a redução do nível de HbA1c foi semelhante para todas as classes de drogas estudadas.
As insulinas e as tiazolidinedionas estavam associadas ao ganho de peso e os agonistas do GLP-1 foram associados à perda de peso. Comparadas aos hipoglicemiantes não insulínicos, as insulinas mostraram o dobro do número absoluto de episódios graves de hipoglicemia.
As limitações desta meta-análise incluem a curta duração e a variação da qualidade metodológica dos estudos revisados.
"Não há um benefício claro estabelecido entre as diferentes classes de medicamentos, quando um terceiro agente é adicionado ao tratamento de pacientes com diabetes tipo 21 que já estão recebendo metformina2 e sulfonilureias," concluem os autores do estudo. "A opção mais adequada deve depender das características clínicas de cada paciente."Fonte: Annals of Internal Medicine, de 17 de maio de 2011
NEWS.MED.BR, 2011. Diabetes: hipoglicemiantes são semelhantes na eficácia quando um regime de três medicações precisa ser usado, de acordo com revisão publicada no Annals of Internal Medicine. sponível .

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