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terça-feira, 18 de maio de 2010

DISPAREUNIA

A dispareunia é um transtorno sexual caracterizado pela sensação de dor genital durante o ato sexual: pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, mas é mais comum entre as mulheres.
A dor geralmente é sentida durante o ato sexual, mas pode ocorrer também antes e depois do intercurso. As mulheres podem descrever a dor como uma sensação superficial, ou até mesmo profunda e a intensidade pode variar de um leve desconforto até uma forte dor aguda. É mais freqüente do que se pensa, podendo atingir até 50% das mulheres com vida sexual ativa.
Para que o distúrbio seja denominado dispareunia, a dor deve provocar sofrimento ou dificuldade nas relações interpessoais e não ser causada exclusivamente pela falta de lubrificação vaginal, por vaginismo (contrações involuntárias dos músculos da vagina), por condições médicas gerais ou pela ação de substâncias ou medicamentos.
A dispareunia leva frequentemente à rejeição ao ato sexual, com conseqüências graves para o relacionamento atual e comprometimento dos futuros, diminuindo o desejo sexual em diversos graus.
Podemos encontrar os seguintes tipos: • Primária: quando acontece desde a primeira relação ou tentativa de relação sexual; • Secundária: as relações sexuais eram normais e, a partir de determinada época, passaram a causar desconforto/dor; • Situacional: a dispareunia ocorre apenas em determinadas ocasiões ou com certos parceiros; • Generalizada: a mulher é incapaz de conseguir qualquer tipo de penetração, sem que essa se acompanhe de desconforto.
A dispareunia pode ser causada por fatores orgânicos ou psicológicos. Importante destacar que o distúrbio se origina na interação de um conjunto de fatores e não de uma causa isolada.
Fatores Orgânicos : • Infecções genitais, tais como candidíase (monilíase), tricomoníase, etc.• Doenças de pele que acometem a região genital: foliculite, pediculose púbica ("chato"), psoríase; • Doenças sexualmente transmissíveis, como cancro mole, granuloma inguinal, etc;• Infecção ou irritação do clitóris;• Doenças que acometem o ânus;• Irritação ou infecção urinária;• Nos homens, podemos destacar a fimose, doenças de pele, herpes genital, doenças do testículo e da próstata.
Fatores Psicológicos: • Dificuldade em compreender e aceitar a sexualidade de uma maneira saudável;
• Crenças morais e religiosas muito rígidas;• Educação repressora; • Medos e tabus irracionais quanto ao contexto sexual;• Falta de desejo em fazer sexo com o(a) parceiro(a); • Medo de machucar o bebê, quando durante a gestação; • Falta de informação;• Traumas infantis relacionados à sexualidade; • Sentimento de culpa na vivência da sexualidade.
Tratamento -  No caso das mulheres, a maioria desses pacientes, o ginecologista é o primeiro profissional a ser consultado. O médico conversará com a paciente e tentará identificar fatores psicológicos e outros que possam estar afetando sua vida sexual. O exame físico completo ajudará na detecção de fatores orgânicos relevantes para o caso. Ele será capaz de fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, podendo encaminhar a pacientes para outros profissionais, caso julgue necessário.
A consulta média é de extrema importância porque ele será capaz de detectar possíveis fatores orgânicos, que poderão ser tratados. A abordagem dos fatores psicológicos pode ser feita por vários profissionais, sendo o mais indicado o terapeuta sexual.
O tratamento inclui a psicoterapia que tem como objetivo um maior conhecimento de si própria, de seu corpo, sua forma de lidar com o mundo. E, em geral, é muito agradável para a mulher.
Para ela se dar conta de como lida com o próprio corpo, alguns exercícios podem ser indicados; os quais podem ser feitos sozinhos mesmo e às vezes é o mais indicado, pois alguns parceiros podem atrapalhar o acompanhamento.
Por ser uma síndrome psicofisiológica – conjunto de problemas físicos e psicológicos -, não adianta olhar a mulher somente como um organismo ou somente como um ser psíquico. Os dois atuam juntos ao mesmo tempo. Assim, uma equipe de vários profissionais (ginecologista, urologista e psicoterapeuta) também se faz, na maioria das vezes, necessária. (Fonte: Boa Saúde/SIS.SAÚDE)

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