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domingo, 23 de maio de 2010

PLASMA RICO EM PLAQUETAS - PRP

  Plasma Rico em Plaquetas (Foto: Arte Webrun)
O PRP (Plasma Rico em Plaquetas) é um novo procedimento, baseado numa idéia revolucionária: injetar nas lesões dos atletas e pacientes em geral uma concentração de células reparadoras do seu próprio sangue. Este concentrado, que é formado principalmente de plaquetas (daí o nome: plasma rico em plaquetas - foto acima), contém substâncias que ajudam a reparar tecidos, os “fatores de regeneração tecidual”, nossos fatores de cicatrização e crescimento celular.
Logo, o tratamento que era chamado “fator de crescimento” (hoje renomeado por levar a entender e confundir com GH- hormônio de crescimento que é doping e proibido para utilização na melhora do desempenho em atletas) foi difundido para tantos usos e tratamentos como se fosse a saída para todas as lesões.
As injeções podem ter efeitos variáveis sobre as diferentes lesões nos corpo, sobre as diferentes características físicas e clínicas de cada ser humano, não podendo assim ser banalizada e indicada sem critério. Além disso, existem várias técnicas que fazem as aplicações serem mais ou menos eficazes dependendo do kit e da empresa utilizada, dependendo da concentração adquirida das plaquetas e com resultados diversos em diferentes tecidos.
Trabalhos publicados no “American Journal of Sports Medicine e The Journal of American Medical Association”, concluem que as aplicações podem ajudar nas cicatriztações de determinadas lesões como epicondilites, mas podem ser menos eficazes em Tendões de Aquiles degenerados, por exemplo. Daí, a necessidade de avaliação médica e indicação correta. 
 O procedimento geralmente não é autorizado pelos convênios, já que a técnica é recente e sem comprovações científicas nacionais, apesar dos resultados positivos que temos e vemos em congressos. Ainda não temos documentação e seguimentos em longo prazo, o que leva ainda a falta de credibilidade e aceitação pelos mais céticos. Mas o lado positivo é que o custo diminuiu bastante se comparado aos anos anteriores.
O foco da maioria dos estudos que temos no Brasil dão conta que corredores e atletas em geral têm muitas lesões nos tendões e músculos e, como essa cicatrização é lenta e faz com que permaneçam longos períodos afastados do esporte, a técnica trouxe uma esperança na aceleração da recuperação e retorno à prática. Mas vale mais uma vez lembrar que a indicação é médica e criteriosa!
A reportagem mostrada domingo, dia 10/01/2010,  no Esporte Espetacular com o título “Técnica revolucionária melhora índice de recuperação de lesões” tem muitos pontos positivos. Mas vale ressaltar também os negativos para que possamos agir de “MENTE ABERTA, MAS COM OLHOS ATENTOS” para decidirmos de forma coerente e individual o que é melhor para cada lesão e cada indivíduo.
O Comitê de Traumatologia Desportiva (www.abtd.org.br) está há muito tempo lutando pela implementação séria deste procedimento, com evidências, colocando todos os pontos positivos e negativos.
Esperamos que esta aplicação seja realmente comprovada e devidamente autorizada como estamos vendo nos resultados e nas discussões em congressos como sendo mais um fator adjuvante no tratamento de lesões.
(Fonte: Dra. Ana Paula Simões - Consultora Webrun de ortopedia e traumatologia esportiva. Especialista em medicina e cirurgia do pé e tornozelo, assistente do grupo de traumatologia do esporte da Santa Casa de São Paulo e atual médica da seleção brasileira feminina de futebol Sub-20/www.webrun.com.br)

2 comentários:

  1. O que seria o PRP, senão uma variante tecnológica da antiga terpia secular chamada auto hemoterapia?
    Pesquisando no maior banco de dados sobre pesquisas científicas do mundo, o PUBMED, se vê que o termo auto-hemoterapia abrange, segundo classificação lá adotada, todo e qualquer tratamento que usa o próprio (auto) sangue (hemo) para tratar (terapia) a saúde do doente. Basta digitar o termo autohemotherapy no campo de busca deste site oficial de ciência... Só na Brasil é que se considera um hematoma artificial, eito com toda segurança e assepsia, perigoso... Uma pesquisadora russa, Dra. Galina, atestou, em pesquisa, que esta comparação da AH com um hematoma, é comum no seu país... E realmente, o que seria a AH senão a criação de um hematoma artificial, indolor pois é provocado por injeção, e invisível, pois é intramuscular? O mesmo processo promovido pelo Sistema Imune do usuário da AH, atua em menor escala, num hematoma natural. A diferença é o volume do sangue. Meu filho foi atropelado em junho de 2007. Acumulou, por sangramento interno e fratura na bacia, mais de meio litro de seu sangue dentro de seu baixo-ventre. O médico o deixou internado pelo tempo necessário para que o sangue fosse absorvido pelo organismo: 8 dias!!! Apesar de ter passado as primeiras 36 horas após o acidente sujo de lama, e ter sofrido diversos ferimentos na pele, que inclusive tiveram que dar mais de 90 pontos pelo corpo, para suturar suas feridas, e de ele ter tomado antibióticos somente depois do 2º dia do acidente, ele não teve um arranhão inflamado!!!
    Olivares Rocha
    olivares@oi.com.br

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  2. O que seria o PRP, senão uma variante tecnológica da antiga terpia secular chamada auto hemoterapia?
    Pesquisando no maior banco de dados sobre pesquisas científicas do mundo, o PUBMED, se vê que o termo auto-hemoterapia abrange, segundo classificação lá adotada, todo e qualquer tratamento que usa o próprio (auto) sangue (hemo) para tratar (terapia) a saúde do doente. Basta digitar o termo autohemotherapy no campo de busca deste site oficial de ciência... Só na Brasil é que se considera um hematoma artificial, eito com toda segurança e assepsia, perigoso... Uma pesquisadora russa, Dra. Galina, atestou, em pesquisa, que esta comparação da AH com um hematoma, é comum no seu país... E realmente, o que seria a AH senão a criação de um hematoma artificial, indolor pois é provocado por injeção, e invisível, pois é intramuscular? O mesmo processo promovido pelo Sistema Imune do usuário da AH, atua em menor escala, num hematoma natural. A diferença é o volume do sangue. Meu filho foi atropelado em junho de 2007. Acumulou, por sangramento interno e fratura na bacia, mais de meio litro de seu sangue dentro de seu baixo-ventre. O médico o deixou internado pelo tempo necessário para que o sangue fosse absorvido pelo organismo: 8 dias!!! Apesar de ter passado as primeiras 36 horas após o acidente sujo de lama, e ter sofrido diversos ferimentos na pele, que inclusive tiveram que dar mais de 90 pontos pelo corpo, para suturar suas feridas, e de ele ter tomado antibióticos somente depois do 2º dia do acidente, ele não teve um arranhão inflamado!!!
    Olivares Rocha
    olivares@oi.com.br

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