CHRYSTELE (mastectomizada aos 32 anos)
Fotos de Andrea O'Hare- Livro Boudic Within (Fonte BBC)
Apenas cerca de 25% das pacientes optam pela reconstrução da mama após a mastectomia - cirurgia de remoção da mama por causa do câncer -, segundo análise de dados dos últimos anos do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
De acordo com os especialistas, o total de mulheres submetidas à cirurgia de extração da mama cresceu no estado de 2936 no ano de 2003 para 3151 em 2007, e a proporção de mulheres que optaram pela reconstrução da mama também aumentou - de 21,4% para 29,3% -, mas essa taxa ainda é considerada baixa pelos especialistas. E estima-se que essa taxa pode ser ainda mais preocupante no Brasil.
Os resultados do levantamento mostraram que as mulheres com menos de 40 anos apresentam as maiores taxas de reconstrução imediata da mama; que as afroamericanas têm a metade das chances de optar pela reconstrução imediata, comparadas às brancas; que as pacientes com seguro privado são mais propensas a ter essa escolha do que aquelas que usam o sistema público de saúde; e que aquelas atendidas pelo Instituto Nacional do Câncer dos EUA optavam mais pela reconstrução do que as que recorriam a outros serviços.
MEL (fonte acima citada)
De acordo com a pesquisadora Laura Kruper, resultados mostram a importância de se oferecer, para as mulheres submetidas à mastectomia, informações sobre opções de reconstrução da mama, e isso requer consulta com um cirurgião plástico, mesmo que a paciente já tenha optado por não realizar o procedimento. "Acredito que isso (a reconstrução da mama) realmente ajuda a recuperação psicológica e a superar o câncer em longo prazo", destacou a especialista. "Eu sempre quero que as mulheres pensem seriamente sobre suas escolhas", acrescentou. Os especialistas destacam, ainda, que as limitações mostradas no estudo para a realização dos procedimentos de reconstrução da mama, principalmente em relação aos hospitais, podem indicar também a falta, em algumas regiões do país, de cirurgiões plásticos treinados para a realização do procedimento, ou de profissionais que aceitam os seguros de saúde para a reconstrução da mama.
"Há muita necessidade de educação, não apenas para o público, mas também para os cirurgiões e seus colegas oncologistas", disse a especialista Deanna Attai, da ASBS, acrescentando que, "frequentemente, as pacientes adiam ou renunciam à reconstrução por acreditar que precisam avançar com a quimioterapia o mais rápido possível, o que, na verdade, pode não ser o caso".
(Fonte: American Society of Breast Surgeons (ASBS). Press release. 30 de abril de 2010.Bibliomed)
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