Segundo um novo estudo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, além dos diversos problemas que o álcool pode causar para o bebê no período de seu desenvolvimento no útero, a ingestão dessas bebidas pela gestante pode estar associada a uma pior qualidade do sêmen dos filhos mais tarde, podendo afetar sua fertilidade no futuro.
Avaliando 347 filhos de mulheres que participaram do estudo “Hábitos saudáveis por dois” - realizado entre 1984 e 1987 -, os pesquisadores notaram que, aos 20 anos de idade, os filhos daquelas que haviam consumido pelo menos 4,5 doses de bebidas alcoólicas por semana durante a gestação tinham concentração de espermatozoides 32% menor do que aqueles que não haviam sido expostos ao álcool no útero. De acordo com os autores, uma dose equivale a uma lata de cerveja (330ml) ou uma pequena taça de vinho (120ml).
Entretanto, os pesquisadores destacam que, pelo fato de o estudo ser observacional, não está claro se a ingestão de álcool na gestação é mesmo a causa da menor concentração de espermatozoides no sêmen dos filhos. “É possível que tomar álcool durante a gestação tenha efeitos prejudiciais sobre o tecido fetal produtor de sêmen nos testículos - e, consequentemente, sobre a qualidade do sêmen mais tarde -, mas nosso estudo é o primeiro desse tipo, e mais pesquisas nessa área são necessárias antes que possamos estabelecer qualquer relação causal ou propor limites seguros de bebida”, explicaram os autores na conferência da Sociedade Europeia de Reprodução Humana.
(Fonte: Leandro Perché-Blog Boa Saúde/SIS.SAÚDE)
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