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quinta-feira, 1 de abril de 2010

DROGA MAIS CONSUMIDA


O álcool é a droga mais consumida no mundo.
Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que aproximadamente 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas (Global Status Report on Alcohol - 2004). Seu uso indevido é um dos principais fatores envolvidos na diminuição da saúde mundial, sendo responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil.
Quando esses índices são analisados em relação à América Latina, o álcool assume importância ainda maior. Cerca de 16% dos anos de vida útil perdidos neste continente estão relacionados ao uso indevido dessa substância, índice quatro vezes maior do que a média mundial.
O I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira (2006), foi idealizado para avaliar o estado atual do consumo de bebidas alcoólicas em nosso país.
Por anos, divulgou-se que 10 a 20% dos brasileiros não bebiam. Entretanto, esse estudo mostra que uma proporção muito maior, 48%, mantém-se abstinente. Por outro lado, 25% da população bebe de forma a comprometer a saúde. Portanto, o estudo retrata uma realidade mais complexa do que supunhamos.
Vivemos num país no qual, por um lado, observam-se altas taxas de abstinência e, ao mesmo tempo, altas taxas de uso nocivo.
Com relação aos adolescentes, esse mesmo estudo mostrou tendências já esperadas. O uso precoce e abusivo do álcool pelos jovens era uma realidade previsível. Entretanto, observou-se que o consumo das meninas está se aproximando do uso dos meninos, embora eles ainda tenham um consumo mais pesado do que elas.
Além disso, cerca de dois terços dos indivíduos dessa faixa etária são abstinentes.Por outro lado, metade dos que bebem consumiram 3 doses ou mais por situação habitual e quase um terço dos meninos que bebem consumiram 5 doses ou mais, ante 11% das meninas (Laranjeira e colaboradores,2007).
A quantidade de álcool consumida pelo adolescente em cada episódio é tão importante quanto a frequência com que bebem. Isso se deve à maior suscetibilidade apresentada por seus cérebros, ainda em processo de formação.
Esse é um retrato do consumo de álcool no Brasil. A necessidade, tanto de maiores controles sociais para estabelecer regras de comercialização e utilização do álcool, como de ações públicas no sentido de regular esse mercado é evidente. Felizmente, a pesquisa demonstrou que a sociedade brasileira está pronta para essas medidas e apóia as principais ações regulatórias já adotadas em outros países.(Fonte: Portal do Coração/Jornal da SOCESP/SIS.SAÚDE)

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